Síndrome de burnout entre médicos plantonistas em unidades de pronto atendimento: um estudo transversal de abordagem quantitativa
DOI:
https://doi.org/10.48075/aes.v11i1.36175Palavras-chave:
Serviços médicos de emergência, Saúde mental, Medicina ocupacional, Exaustão emocional, Síndrome do esgotamentoResumo
Objetivos: avaliar a prevalência de burnout entre médicos de UPA e explorar associações entre suas dimensões (exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal) com fatores sociodemográficos e organizacionais. Métodos: trata-se de um estudo transversal e quantitativo, envolvendo 29 médicos plantonistas fixos de UPA na região dos Campos Gerais. Dados foram coletados por questionários eletrônicos, incluindo o Maslach Burnout Inventory (MBI), e analisados no software R. Resultados: identificaram-se níveis elevados de burnout, com 82,76% relatando ambientes de trabalho desorganizados e 79,31% indicando cobranças excessivas pela gestão. Associações significativas incluíram maior exaustão emocional em médicos com mais tempo de trabalho em UPA (OR=5,99; IC 95%: 2,91-6,13) e ideação de desistência associada à baixa realização pessoal (OR=5,94; IC 95%: 1,15-7,35). Conclusão: fatores organizacionais e emocionais foram determinantes para o desenvolvimento do burnout entre médicos de UPA, indicando a necessidade de intervenções que melhorem as condições laborais e promovam suporte psicológico. Este estudo contribui para o planejamento de políticas de saúde focadas no bem-estar dos profissionais e na qualidade do atendimento ao paciente.
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