Perfil clínico e epidemiológico da insuficiência cardíaca em um hospital do sudoeste do Paraná

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.48075/aes.v11i1.34878

Palabras clave:

Insuficiência cardíaca, Fatores de risco, Grupos etários, Evolução clínica, Tratamento farmacológico

Resumen

Objetivos: analisar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com insuficiência cardíaca identificando as principais etiologias, fatores de risco, evolução clínica e tratamento vigente. Métodos: Para tanto, procede-se à análise retrospectiva, descritiva e observacional dos dados coletados em um Hospital do Sudoeste do Paraná no ano de 2023. A amostra foi selecionada pelos códigos CID I50, I50.0, I50.1, I50.9 e os dados analisados no software Microsoft Excel®. Resultados: Verificou-se que a faixa etária predominante entre os participantes foi de 70 a 89 anos (43,63%), com maior frequência do sexo masculino (51%) e da raça/cor branca (71,82%). O fator de risco mais comum foi a HAS (58,18%), sendo mais prevalente no sexo masculino (64,29%). A etiologia mais prevalente foi a Cardiomiopatia Hipertensiva (32,73%), em homens, brancos e de faixa etária entre 70-89 anos. As Valvulopatias (21,82%) foram a etiologia mais frequente em mulheres, brancas e de 60-69 anos. Na evolução clínica dos pacientes, o tempo médio de internação foi de 6,83 dias e o desfecho em óbito ocorreu em 16,36% da amostra. O tratamento mais utilizado consistiu no uso de Furosemida (60,91%), Espironolactona (38,18%), Carvedilol (31,82%), Enalapril e Losartana (com 24,55% cada). Conclusão: a Cardiomiopatia Hipertensiva foi a principal etiologia de IC, sendo associada aos fatores de risco HAS, sexo masculino e progressão da idade.                                  

Citas

Mill JG, Vasquez EC. O coração como bomba. In: Aires MM, editor. Fisiologia. 5ª ed. Grupo GEN; 2018. p. 501-9.

Ponikowski P, Voors AA, Anker SD, Bueno H, Cleland JGF, Coats AJS, et al. Diretrizes ESC 2016 para o diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca aguda e crônica. Eur Heart J. 2016;37(27):2129-200.

Hall JE, Hall ME. Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica. 14ª ed. Grupo GEN; 2021.

Souza Júnior EV, Brandão DC, Araújo ES, Pires EL, Queiroz MM. Perfil epidemiológico da morbimortalidade por insuficiência cardíaca no Brasil entre 2013 a 2017. Enferm Actual Costa Rica. 2020;(39):156-69.

Cestari VRF, Florêncio RS, Alencar GP, Barbosa IV, Barbalho SM, Sousa AK. Distribuição espacial de mortalidade por insuficiência cardíaca no Brasil, 1996-2017. Arq Bras Cardiol. 2022;118:41-51.

Calaça HJAA, Araújo AS, Araújo HA, Póvoa RMP. Avaliação de pacientes com insuficiência cardíaca admitidos em hospital secundário. Rev Soc Bras Clin Med. 2021;19(2):89-96.

Van Riet EES, Hoes AW, Wagenaar KP, Limburg A, Landman MA, Rutten FH. Epidemiologia da insuficiência cardíaca: a prevalência de insuficiência cardíaca e disfunção ventricular em adultos mais velhos ao longo do tempo. Eur J Heart Fail. 2016;18(3):242-52.

Gioli-Pereira L, Abensur-Hofman M, Scolari FL, Atik FA, Moisés VA, Ramires FJ, et al. Preditores de desfechos de um ano em insuficiência cardíaca crônica: o retrato de um país de renda média. BMC Cardiovasc Disord. 2019;19:1-7.

Nogueira PR, Rassi S, Corrêa KS. Perfil epidemiológico, clínico e terapêutico da insuficiência cardíaca em hospital terciário. Arq Bras Cardiol. 2010;95:392-8.

Chahal H, Heckbert SR, Barr RG, Bluemke DA, Jain A, Habibi M, et al. Predição de risco de insuficiência cardíaca no Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis. Heart. 2015;101(1):58-64.

Mussi FC, Teixeira JRB. Fatores de risco cardiovascular, doenças isquêmicas do coração e masculinidade. Rev Cuba Enferm. 2018;34(2):set.

IBGE. IBGE – Censo 2022. [citado em 15 jul. 2024]. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/sobre/conhecendo-o-brasil.html.

Silva MMBS, Freitas MM, Rocha GVA, Gonçalves AK. Qualidade de vida de idosos com insuficiência cardíaca. Cienc Enferm. 2021;27:1-12.

Albuquerque DC, Neto JDM, Bacal F, Rohde LEP, Bernardez-Pereira S, Berwanger O, et al. I registro brasileiro de insuficiência cardíaca – aspectos clínicos, qualidade assistencial e desfechos hospitalares. Arq Bras Cardiol. 2015;104:433-42.

Pfeffer MA, Shah AM, Borlaug BA. Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada em perspectiva. Circ Res. 2019;124(11):1598-617.

Meijers WC, Boer RA. Fatores de risco comuns para insuficiência cardíaca e câncer. Cardiovasc Res. 2019;115(5):844-53.

Li X, Zhao M, Wang K, Wu Y, Zhu J, Shen L, et al. Índice triglicerídeo-glicose e o risco de insuficiência cardíaca: evidências de duas grandes coortes e uma análise de randomização mendeliana. Cardiovasc Diabetol. 2022;21(1):1-13.

Jamaly S, Carlsson AC, Peltonen M, Wandell P, Sundquist J, Sundquist K, et al. Desenvolvimento de insuficiência cardíaca na obesidade: fatores de risco subjacentes e mecanismos envolvidos. ESC Heart Fail. 2021;8(1):356-67.

Pinho NA, Silva GV, Pierin AMG. Prevalência e fatores associados à doença renal crônica em pacientes internados em um hospital universitário na cidade de São Paulo, SP, Brasil. Braz J Nephrol. 2015;37(1):91-7.

Vijay K, Neuen BL, Lerma EV. Insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes e doença renal crônica: desafios e oportunidades. Cardiorenal Med. 2022;12(1):1-10.

André S, Conde B, Fragoso E, Cardoso J, Coelho J, Santos AC. DPOC e doença cardiovascular. Pulmonology. 2019;25(3):168-76.

Cardoso TC, Rotondano Filho AF, Dias LM, Arruda JT. Aspectos associados ao tabagismo e os efeitos sobre a saúde. Research, Society and Development. 2021 Mar 8;10(3):e11210312975-.

Kamimura D, Matsushita K, Tanaka T, Fujita M, Fox ER, Xanthakis V, et al. Tabagismo e insuficiência cardíaca incidente: insights do Jackson Heart Study. Circulation. 2018;137(24):2572-82.

Griswold MG, Fullman N, Hawley C, Arian N, Zimsen SRM, Tymeson HD, et al. Uso de álcool e carga em 195 países e territórios, 1990–2016: uma análise sistemática para o Estudo de Carga Global de Doenças 2016. Lancet. 2018;392(10152):1015-35.

Marcondes-Braga FG, Moura LAZ, Issa VS, Mesquita ET, Mangini S, Villacorta H, et al. Atualização de tópicos emergentes da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca – 2021. Arq Bras Cardiol. 2021;116:1174-212.

McDonagh TA, Metra M, Adamo M, Gardner RS, Baumbach A, Böhm M, et al. Atualização focada de 2023 das Diretrizes ESC de 2021 para o diagnóstico e tratamento de insuficiência cardíaca aguda e crônica. Eur Heart J. 2023;44(37):25 ago.

Publicado

28-09-2025

Cómo citar

MARIA FERREIRA DE ANDRADE, M.; DOS REIS , B.; DE SOUSA GONÇALVES , R.; SANTOS KUBASKI , J.; SPILMANN, D. Perfil clínico e epidemiológico da insuficiência cardíaca em um hospital do sudoeste do Paraná. Acta Elit Salutis , [S. l.], v. 11, n. 1, 2025. DOI: 10.48075/aes.v11i1.34878. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/salutis/article/view/34878. Acesso em: 3 oct. 2025.