O contraponto de Ellen Meiksins Wood ao viés antidemocrático de Sócrates, Platão e Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v26i52.24508Palavras-chave:
Contextualismo social, Teoria Política, Democracia, Ellen Wood.Resumo
Este trabalho tem por objetivo expor as conclusões obtidas na dissertação de mestrado ao analisar a perspectiva da pesquisadora e historiadora Ellen Meiksins Wood (1942-2016) sobre a democracia ateniense. Sendo assim, verificamos que a sua perspectiva é um contraponto à visão antidemocrática dos filósofos clássicos Sócrates, Platão e Aristóteles, a qual é apresentada nas obras Democracia contra capitalismo (2011b) e Peasant-citizen and Slave: The Foundations of Athenian Democracy (1989), nas quais a autora dá ênfase à figura do trabalhador-livre, em especial o cidadão-camponês, que possuía, segundo Wood, um status jurídico e político sem precedentes, que estava livre de qualquer tipo de exploração por meio da coação por parte dos donos de terras e também por parte do Estado. A visão tradicional foi influenciada pelo que Ellen Wood chama de mito da ralé ociosa, inspirado pelos filósofos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles. Na primeira seção, tratamos a visão tradicional sobre democracia ateniense, em especial, a perspectiva de Norberto Bobbio. Na segunda seção, abordamos a perspectiva de Ellen Meiksins Wood sobre a democracia ateniense, mais especificamente sobre o papel do cidadão-camponês e dos escravos em Atenas. Por fim, na terceira seção, discorremos sobre o método utilizado pela autora para estudar os teóricos políticos clássicos – o Contextualismo Social – e sua aplicação, o qual a possibilitou compreender a democracia ateniense de forma única e inovadora, bem como verificar que a visão dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles sobre a democracia ateniense era partidária, antidemocrática.Downloads
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