FIGURAÇÕES E REFIGURAÇÕES DO ESTÁGIO CURRICULAR DOCENTE EM PORTUGUÊS DA UFRJ
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v17i41.26822Keywords:
Estágio curricular, Formação de professores, ExperiênciaAbstract
O estágio curricular é uma importante etapa para construção da identidade docente; é o momento de efetivo contato com o campo de atuação profissional e da conexão entre as teorias construídas ao longo do curso de formação e a escola. Apesar dessa importância, constatamos a percepção recorrente entre muitos dos envolvidos no processo do estágio como um obstáculo a ser superado. Nessas circunstâncias, é comum o acionamento de uma série de estratégias para sua consecução. Dentre elas listamos um imaginário resultante do senso comum assumido pelos estagiários que acaba inviabilizando uma formação significativa e a construção de identidades docentes para o exercício do magistério comprometido com o processo de mudança social (FREIRE, 2014). Baseados em nossa atuação como formadores de professores – e nos saberes experienciais (TARDIF, 2002) da educação básica e do ensino superior como professores da UFRJ – pensamos em seis arquétipos de licenciandos em formação que se lhes aproximam das personagens planas na definição de E. M. Forster (2005). Trata-se de um estudo baseado em nossa observação direta do processo formativo de futuros professores, ao longo dos últimos anos, em conversas de orientação, na elaboração de materiais para sala de aula e relatórios de estágio entre outras práticas de formação docente. Para tanto, nos apoiamos nas contribuições de Tardif (2002) e Larrosa (2002) quando estes falam dos saberes da experiência e de sua relevância no campo do ensino. Além de analisar criticamente os fatores que levam à assunção dessas personagens planas por parte dos estagiários, procuramos apontar alguns caminhos trilhados para proporcionar estágios curriculares mais significativos e empodera os saberes construídos na escola sobre o fazer docente (NÓVOA, 2017).
Referências:
ADORNO, Theodor. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2003.
ALMUDRA, Benamê Kamu. “Parece revolução, mas é só neoliberalismo”. In: Revista Piauí, n. 172, p. 24, jan. 2021.
BARRETO, Lima. Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá. Apresentação e notas Marcos Scheffel. Cotia: Ateliê Editorial, 2017.
FORSTER, Edward Morgan. Aspectos do romance. Org. Oliver Stally Brass; trad. Sergio Alcides; prefácio de Luiz Ruffato. 4ª ed. rev. São Paulo: Globo, 2005.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 36ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, jan.-abr. 2002. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1413-24782002000100003&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 6 jan. 2021.
MELVILLE, Herman. Bartlebly, o escrivão: uma história de Wall Street. Trad. Irene Hirsch. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
NÓVOA, António. Um novo modelo institucional para a formação de professores na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Perspectivas em Educação Básica, v. 1, p. 13-27, dez. 2017. Disponível em http://perspectivasemeducacao.blogspot.com/2017/12/um-novo-modelo-institucional-para.html. Acesso em 13 jan. 2021.
ORLANDI, Eni; SARION, Maristela. Entrevista com Eni Orlandi. Pensares em Revista, n. 17, p. 8-17, 2020. Disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/pensaresemrevista/issue/view/2245. Acesso em 13 abr. 2021.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
TOLEDO, Demétrio; MACIEL, Regimeire; CARLOTTO, Maria; FRANCISCO, Flávio. “Uma visão nebulosa e conservadora”. In: Revista Piauí, n. 173, p. 26-29, fev. 2021.
Recebido em 28-01-201
Revisões requeridas em 31-03-2021
Aceito em 27-04-2021
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.