“O homem da areia” de E.T.A. Hoffmann

o inquietante como categoria estética

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v17i1.30544

Palavras-chave:

Inquietante, E.T.A. Hoffmann, Romantismo alemão, Sigmund Freud

Resumo

O artigo tem como objetivo reconhecer o motivo do inquietante como uma categoria estética fundamental no universo romântico, especialmente na obra “O homem da areia” de E.T.A. Hoffmann. A hipótese central deste trabalho é que o fenômeno do inquietante, no que diz respeito à leitura do texto de Hoffmann, tem sido interpretado de forma restrita pela tradição psicanalítica. Para alcançar esse objetivo, em primeiro lugar será proposto uma caracterização provisória do inquietante como categoria estética; em seguida será apresentado uma visão geral sobre o assunto baseado no conto “O homem da areia”; na terceira parte será exposto a interpretação psicanalítica do inquietante de Sigmund Freud em contraste com a proposta de Ernst Jentsch; e por último, será abordada a tarefa de uma poética do inquietante. O universo poético dos românticos alemães é caracterizado por tornar evidente um mundo interior marcado com matizes claro-escuro, onde a obra literária tenta mostrar o que nem sempre é visível.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mauricio Mancilla Muñoz, Universidad Austral de Chile - UACh

Licenciado en Filosofía por la Universidad Austral de Chile y Doctor en Filosofía por la Universidad Complutense de Madrid. Desde comienzos de 2001 es profesor del Instituto de Filosofía y actualmente Decano de la Facultad de Filosofía y Humanidades de la Universidad Austral de Chile. Ha sido coeditor de los libros Interfaces viciadas: comunicación visual y otras mediaciones (Sao Pablo, 2008); Ficciones Culturales. Arte pop y taquigrafía de lo social (Caracas, 2012); y ¿Qué sucede en Venezuela? (Caracas, 2019). Asimismo, ha publicado diversos artículos sobre filosofía contemporánea, en especial vinculados a hermenéutica, estudios de género, biopolítica y estudios visuales. Por último, ha participado en diferentes proyectos de investigación en estas áreas.

Referências

BEHLER, Ernst. German Romantic Literary Theory. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

BERLIN, Isaiah. As raízes do romantismo. São Paulo: Três estrellas, 2015.

BLOOM, Harold. The Western Canon: The Books and School of the Ages, New York: Riverhead Books, 1995.

CARRASCO, Ana. Lo siniestro enroscado a la Palabra. Lenguaje y extrañamiento a partir de la lectura de Lo siniestro de Freud, Espéculo. Revista de estudios literarios, n. 33, 2006. https://webs.ucm.es/info/especulo/numero33/siniestr.html

FREUD, Sigmund. Das Unheimliche. In: Gesammelte Werke. Vol. XII. Frankfurt am Main: Fischer Verlag, p. 227-278, 1999.

FREUD, Sigmund. O estranho (1919). In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Vol. XVII. Rio de Janeiro: Imago, p. 275-314, 1996.

FREUD, Sigmund. O incômodo. São Paulo: Blucher, 2021.

FREUD, Sigmund. O infamiliar / Das Unheimliche (1919). In: Obras incompletas de Sigmund Freud. Belo Horizonte: Autêntica, p. 27-126, 2019.

FREUD, Sigmund. O inquietante (1919). In: Obras Completas. Vol. 14. São Paulo: Companhia da Letras, p. 329-376, 2010.

INGARDEN, Roman. Das literarische Kunstwerk. Eine Untersuchung aus dem Grenzgebiet der Ontologie, Logik und Literaturwissenschaft, Halle: Max Niemeyer, 1931.

JENTSCH, Ernst. Zur Psychologie des Unheimlichen. Psychiatrisch-Neurologische Wochenschrift. n 22; p. 195-198; n 23, p. 203-205, 1906. https://d-nb.info/1138447315/34

KANT, Immanuel. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Campinas: Papirus Editora, 2000.

KANT, Immanuel. Kritik der reinen Vernunft. Hamburg: Felix Meiner Verlag, 2003.

KOFMAN, Sarah. Cuatro novelas analíticas, Buenos Aires: Treib, 1978.

KREMER, Detlef. Freuds Aufsatz Das Unheimliche und die Widerstände des unverständlichen Textes. In: Peter-André Alt; Thomas Anz (Eds.). Sigmund Freud und das Wissen der Literatur. Berlin/New York: Walter de Gruyter, p. 59-72, 2008.

NOVALIS. Werke. München: Beck, 2001.

RANK, Otto. Der Doppelgänger. Eine psychoanalytische Studie, Wien: Turia & Kant, 1993.

RUCKERT, Gerhard. Volksmärchen und Kunstmärchen. In: Dinges, Ottilie; Born, Monika; Janning, Jürgen (Eds.). Märchen in Erziehung und Unterricht. Kassel: Röth, p. 158-162, 1986.

SANDERS, Daniel. Wörterbuch der deutschen Sprache. Leipzig: Verlag von Otto Wigand, 1859-1865.

SCHELLING, Friedrich Wilhelm Joseph. Philosophie der Mythologie. Stuttgart-Augsburg: J. G. Cotta, 1857.

SCHLEGEL, Friedrich. O dialeto dos fragmentos. São Paulo: Iluminuras, 1997.

SERRANO, Vicente. Soñando monstruos. Terror y delirio en la modernidad. Madrid: Plaza y Valdés Editores, 2010.

SOUZA, Paulo César de. As palavras de Freud: o vocabulário freudiano e suas versões. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. São Paulo: Perspectiva, 2004.

TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. São Paulo: Editora Perspectiva, 2013.

TRÍAS, Eugenio. Lo Bello y lo Siniestro. Barcelona: Debolsillo, 2011.

TÜRK, Johannes. Freuds Immunologien des Psychischen. Poetica: Zeitschrift für Sprach- und Literaturwissenschaft, n. 38, p. 167-188, 2006. DOI: https://doi.org/10.30965/25890530-0380102007

ZILBERMAN, Regina. Estética da recepção e história da literatura. São Paulo: Ática, 2009.

Downloads

Publicado

28-04-2023

Como Citar

MUÑOZ, M. M. “O homem da areia” de E.T.A. Hoffmann: o inquietante como categoria estética. Travessias, Cascavel, v. 17, n. 1, p. e30544, 2023. DOI: 10.48075/rt.v17i1.30544. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/30544. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

[DT] 20 ANOS DE PESQUISA E FORMAÇÃO: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS – PPGL