A DOR E A LÁGRIMA NO CINEMA E NA LITERATURA: UM ESTUDO PRELIMINAR

Autores

  • Silvana Nath
  • Acir Dias da Silva

Palavras-chave:

Dor, Lágrimas, Amor, Memória, Morte.

Resumo

Este artigo está pautado nas obras literárias e fílmicas Anna Karenina, A Dama das Camélias e Lucíola, em que se pretende estabelecer relação entre as respectivas protagonistas que apresentam sentimentos semelhantes quanto ao amor, ao sofrimento e as lágrimas, e que, no decorrer de suas trajetórias de vida seus destinos culminam para o mesmo fim, a morte. Busca-se compreender como a dor e as lágrimas estão vinculadas às lembranças do passado, ou seja, como a memória se manifesta em suas consciências mostrando-lhes a impossibilidade de permanência, ou mesmo de futuro na sociedade à qual pertencem. Pretende-se analisar a imagem desta mulher sofredora, cujo sofrimento é proveniente do amor não correspondido, ou mesmo da impossibilidade de amar e ser amada de forma integra e completa. Renunciam ao amor, mas a manifestação da memória as atormenta e as leva à própria autopunição e autocondenação, pois não se sentem dignas de constituírem um relacionamento familiar numa sociedade que pune e denigre a imagem da mulher prostituta ou adúltera. A alternativa encontrada é a morte, única opção que irá livrá-las deste meio social que as condena e não lhes proporciona uma segunda oportunidade. Portanto, a morte pode ser compreendida como a moralidade da sociedade, em que, as heroínas precisam morrer para não denegrir a imagem das demais mulheres do contexto social ao qual estão inseridas. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica e intertextual entre as diferentes obras acima elencadas, partindo de diferentes pressupostos teóricos acerca dos temas propostos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

30-08-2010

Como Citar

NATH, S.; DIAS DA SILVA, A. A DOR E A LÁGRIMA NO CINEMA E NA LITERATURA: UM ESTUDO PRELIMINAR. Travessias, Cascavel, v. 4, n. 2, p. e4159, 2010. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/4159. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

CULTURA