Minorias, violências, direitos: sinalizações para o respeito às dissidências de gênero e sexualidade

Autores

Agências de fomento
Edital Proext MEC/Sesu 2016-2017

Palavras-chave:

re(ex)sistência LGBT, heteronormatividade, regimes de poder, solidariedade subalterna

Resumo

Inspirado pelas discussões que tenho conduzido em minhas aulas na Graduação e por dois ensaios que publiquei em mídias sociais, este texto tem por propósito discutir a legitimidade das violências cometidas pelas minorias de gênero e sexualidade como um ato, por vezes desesperado, de resposta a sucessivas injúrias, as quais, segundo entendo, ferem como que de morte essas populações. Nos dois ensaios mencionados, formulei tal questão da seguinte forma: seria a violência uma forma legítima de enfrentamento à LGBTfobia e outras modalidades de produção de identidades subalternas? Este ensaio fará essas problematizações, além de, esquematicamente, propor algumas sinalizações que considero essenciais para o respeito à diferença, assim como para que as populações LGBT sejam plenamente incluídas na comunidade de direitos, tendo em vista, para fins deste texto, o cenário da Universidade brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Henrique Lucas Lima, Universidade Federal do Oeste da Bahia

Centro das Humanidades

Universidade Federal do Oeste da Bahia

Referências

BUTLER, Judith. Mecanismos psíquicos del poder. Madrid: Ediciones Cátedra, 2010.

COLLING, Leandro. Mais visíveis e mais heteronormativos: a performatividade de gênero das personagens não-heterossexuais nas telenovelas da Rede Globo. In: COLING, Leandro e THÜRLER, Djalma. Estudos e políticas do CuS – Grupo de Pesquisa Cultura e Sexualidade. Salvador: EDUFBA, 2013a. p. 87-110.

______. Personagens homossexuais nas telenovelas da Rede globo: criminosos, afetados e heterossexualizados. Revista Gênero, volume 8, número 1, segundo semestre de 2007 p. 207 a 222.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidad y eurocentrismo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Edgardo Lander (org). Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. Setembro 2005, pp. 24-32.

MISKOLCI, Richard. O desejo da nação: masculinidade e branquitude no Brasil de fins do XIX. São Paulo: Annablume, 2012.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Edgardo Lander (org). Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. Setembro 2005, pp. 107-130.

______. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Medina, 2009.

SÁEZ, Javier. El contexto sociopolítico de surgimiento de la teoria queer. De la crisis del sida a Foucault. In: CÓRDOBA, David; SÁVEZ, Javier. Teoria queer. Políticas bolleras, maricas, trans, mestizas. Egales, 2005.

SALIH, Sara. Judith Butler e a teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: ______. Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Medina, 2009, pp. 21-71.

SOVIK, Liv. Por que tenho razão: branquitude, Estudos Culturais e a vontade de verdade acadêmica. Revista Contemporânea. Vol. 3, n. 2. P. 159-180. Julho a Dezembro de 2005.

______. Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009.

Downloads

Publicado

07-12-2017

Como Citar

LUCAS LIMA, C. H. Minorias, violências, direitos: sinalizações para o respeito às dissidências de gênero e sexualidade. Travessias, Cascavel, v. 11, n. 3, p. e16868, 2017. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/16868. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

EDUCAÇÃO