O projeto estético-pedagógico na construção ontológica e educativa na crônica Despertar, de Cecília Meireles
Palavras-chave:
Cecília Meireles, Educação, Conhecimento.Resumo
Este artigo constitui um estudo crítico de análise da crônica “Despertar”, de Cecília Meireles, publicada, inicialmente, no jornal Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 1932, e, mais recentemente, inserida na coletânea Crônicas de educação (2001). A leitura atenta da obra desta escritora nos faz perceber a adesão de Cecília Meireles ao ideário da Escola Nova, que debateu o sentido humano do ato de educar. Mesmo depois desse contexto, hoje, é possível ainda observar as inúmeras contribuições do pensamento da escritora, não apenas literárias, como também educacionais, que repercutem nas atividades docentes com o texto literário em sala de aula. Fundamentamo-nos em estudos de Bakhtin; Volochínov (2010); Cereja (2010); Fiorin (2002); Freire (1999, 2010); Marchini (2017); Silva (2008, 2015); Souza (2012, 2013), entre outros. A abordagem metodológica se estrutura na perspectiva da ontologia histórico-social e na leitura da fortuna crítica de Cecilia Meireles, no sentido de apreendermos o processo de educação humana, elencando na crônica Despertar, ora em análise, considerando as marcas temáticas e de significação que evidenciam o projeto estético e pedagógico, construído na obra desta escritora, professora e poetisa brasileira. Concluímos que por ter uma linguagem, às vezes, metafórica ou filosófica e, ao mesmo tempo, poética, Cecília Meireles adentra o mundo da educação e da formação humana para acordar o ser humano, tirando-o de seu profundo sono e despertando-o em direção à vida.
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