Questões ecológicas em Não verás país nenhum, do escritor Ignácio de Loyola Brandão
Palavras-chave:
Não verás país nenhum, Ecocrítica, Slavoj ŽižekResumo
O romance Não verás país nenhum (2008), do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, foi publicado nos anos 80 e até hoje é muito lido e impressiona seus leitores em função de seu caráter apocalíptico no que diz respeito às questões ecológicas. O narrador e personagem, Souza, conta-nos sobre aquilo que poderá vir a ser o nosso país, um total caos criado pelo próprio ser humano com o passar do tempo. No romance, há uma assustadora escassez de alimentos e água; a proibição de livre circulação da população; a opressão; o autoritarismo; a falsificação da história; o sol aniquilando vidas; a fome matando mais que o sol e, também, a forte presença da violência. Este artigo, portanto, tem como objetivo estudar as questões ecológicas que são apresentadas nesta obra literária, articulando dois conceitos teóricos: o conceito de ecocrítica, postulado pelo professor Greg Garrard no livro Ecocrítica (2006) e de violência objetiva, discutido pelo filósofo e psicanalista esloveno Slavoj Žižek no livro Violência: seis reflexões laterais (2014). Ao aplicarmos os conceitos de modo articulado, concluímos que romance de Brandão é permeado por catástrofes ambientais, oriundas do mau funcionamento do sistema político e econômico, em função do Capitalismo Global que exclui e aniquila direitos humanos fundamentais.Downloads
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