O olhar através: o uso da câmera subjetiva indireta livre no cinema contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i2.27663Palavras-chave:
Subjetiva indireta livre, Poesia, Mãe!Resumo
A presente pesquisa propõe explorar o universo cinematográfico pela perspectiva do diretor e, para tanto, se utiliza do uso da câmera subjetiva indireta livre (termo cunhado pelo cineasta italiano Pier Paolo Pasolini) no cinema contemporâneo para ilustrar a influência do Cinema de Poesia na atualidade. O hibridismo presente nas produções atuais permite que este recurso auxilie na produção dos sentidos da diegese de forma peculiar e intrigante. Sendo assim, neste artigo, pretende-se apontar alguns exemplos de subjetiva indireta livre encontrados em um filme atual a fim de apresentar a sua relevância para a construção da obra, a percepção do espectador e, principalmente a sua colaboração no que diz respeito ao olhar do diretor sobre o filme e as implicâncias deste sobre o todo. Com base no que preconiza Pasolini, o foco deste trabalho é analisar os elementos de poesia inseridos no cinema tendo como ferramenta principal o uso da câmera. Ademais, abordaremos a teoria de Tofalini (2013) sobre o romance lírico, Ferreira (2004) sobre a poética do cinema e do próprio Pier Paolo Pasolini sobre o Cinema de Poesia, e procuraremos apontar as pinceladas de poesia presentes no cinema contemporâneo analisando o filme Mãe! (2017), do diretor Darren Aronofsky. É possível nas produções atuais identificarmos o cinema de poesia? Se a pós-modernidade é híbrida, onde podemos evidenciar esta vertente tão específica como elemento constitutivo e crucial na narrativa cinematográfica?
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