A Inocência agreste: a representação do espaço no romance de Visconde de Taunay e na obra fílmica de Walter Lima
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i2.27761Palavras-chave:
Visconde de Taunay, Walter Lima, Inocência, Representação do espaço.Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a representação do espaço no romance Inocência (1872) de Visconde de Taunay e na obra fílmica homônima de Walter Lima, de 1983, tendo como enlace a proposição de transcriação, como conceituada por Haroldo de Campos (2019). A elaboração do espaço no romantismo regionalista é condição incontornável, pois propicia o desenrolar da trama e molda a personalidade dos personagens. Tencionamos esclarecer de que maneira a narrativa fílmica de Walter Lima reproduz a premissa taunayana tendo em conta o “duplo real” da linguagem cinematográfica, pontuado por Jacques Aumont (2012). Com isso, propomo-nos a delinear de que modo o espaço transcende sua condição de cenário, amalgamando uma atmosfera agreste, que assenta o perfil e as ações hostis dos personagens. Tendo em vista a representação do espaço como uma categoria da narrativa, cujo gênero ambas as produções eleitas se desdobram, elegemos Luis Alberto Brandão (2002), Osíris Borges Filho (2007), Jennifer Van Sijll (2017), ademais de Bordwell e Thompson (2013) como principal referencial teórico de nosso percurso analítico.Downloads
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