A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM EM O ESPELHO IN PRIMEIRAS ESTÓRIAS DE JOÃO GUIMARÃES ROSA E EM LAS MENINAS DE PABLO PICASSO
Palavras-chave:
O ESPELHO, GUIMARÃES ROSA, LAS MENINAS, PABLO PICASSO, SEMIÓTICA.Resumo
É o propósito desse artigo analisar as obras O Espelho in Primeiras Estórias (1962) conto brasileiro de João Guimarães Rosa, e Las Meninas (1957) de Pablo Picasso, óleo sobre tela, cujo ponto de partida pode ser identificado no retrato da corte espanhola de mesmo nome, elaborado pelo pintor barroco espanhol Diego Velázquez em 1657, e construir uma reflexão sobre o tema e as linguagens.
A anamorfose, imagem aparentemente disforme, presente nas obras de Picasso pode corresponder à fragmentação intencional da linguagem que ocorre em muitos discursos verbais contemporâneos. A intertextualidade fica evidente entre o retrato picassiano e o retrato da corte de Velázquez, enquanto o conto brasileiro se situa no campo da interdiscursividade. Os enunciadores Guimarães Rosa e Pablo Picasso, movidos por elementos como retratos, conjunto de espelhos, leis da óptica, entre outros, estabelecem uma discussão sobre o processo de construção da imagem em um processo de interdiscursividade para criarem respectivamente o "ainda-nem-rosto", "menos-que-menino", e as anamorfoses presentes em Las Meninas do século XX. Adotando basicamente o jogo entre o inteligível, entendido como algo mais da ordem da cognição e o sensível, poderemos refletir sobre o interior dessas obras e a estrutura profunda que organiza a geração do sentido.
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