DESIGNAÇÕES PARA “PERNILONGO” NAS CAPITAIS BRASILEIRAS: UM ESTUDO GEOLINGUÍSTICO E LÉXICO-SEMÂNTICO
Palavras-chave:
Léxico, Projeto ALiB, pernilongo, regionalismoResumo
O português do Brasil reflete as influências linguísticas e culturais dos povos que participaram do processo de formação da nação brasileira, em especial no nível lexical. De todas as etnias que entraram em contato com o colonizador, os índios tupis foram os que mais participaram do processo de colonização e expansão do território nacional, perpetuando essa presença por meio da herança indígena tupi – os tupinismos – legada ao repertório lexical da língua, dentre outras, nas designações para referentes ligados à fauna. Este artigo discute influências interétnicas no vocabulário dos habitantes de 25 capitais brasileiras a partir de dados recolhidos pelo projeto alib (atlas linguístico do brasil). O estudo, além de investigar possíveis motivações para o uso dos designativos registrados na língua oral, examinou os dados do ponto de vista etnodialetológico, com vistas a buscar rastros da influência indígena nesse vocabulário. Para tanto, foram tomadas como corpus as respostas para a pergunta 88 do questionário semântico-lexical do projeto, que busca designações para o inseto comumente denominado por “pernilongo”. Das 06 variantes registradas, 03 são oriundas do substrato tupi (carapanã, muriçoca e maruim/muruim) com maior produtividade nas regiões norte e nordeste do brasil, dado que confirma a vitalidade tupi na fala dos habitantes das capitais brasileiras situadas nessas regiões. As outras 03 variantes (pernilongo, mosquito e praga), de base portuguesa, concentram-se no sudeste, sul e centro-oeste. Esses dados confirmam a importância das pesquisas geolinguísticas para a documentação de regionalismos e para a descrição das camadas étnicas formadoras do vocabulário de uma língua.
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