A Terceira Margem do Rio e o Realismo Fantástico da Revista Planète
Resumo
Ao ler a correspondência de João Guimarães Rosa com seu tradutor francês, Jean-Jacques Villard, surpreendi-me ao descobrir que um de seus contos mais conhecidos, A terceira margem do rio, havia sido publicado na revista Planète, editada pelos pais do realismo fantástico Louis Pauwels e Jacques Bergier. A revista, criada na esteira da comoção provocada por O despertar dos mágicos, colocava-se, antes de tudo, contra o positivismo científico dominante na época e levava em conta os fenômenos paranormais, a alquimia, as capacidades inexploradas do cérebro humano. “Rien de ce qui est étrange ne nous est étranger ” era o lema da revista. Neste artigo, pretendemos, por um lado, contar a estória da publicação e da tradução desse conto e, por outro, pensar esse fenômeno como integrado ao modo como as obras de Guimarães Rosa foram recebidas na França dos anos 1960.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDireitos autorais 2019 Línguas & Letras

Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - Não comercial - Compartilhar igual 4.0 Internacional.
Revista Línguas & Letras
e-ISSN: 1981-4755 — ISSN: 1517-7238
Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Campus de Cascavel
Programa de Pós-Graduação em Letras
Rua Universitária, 2069 - Jardim Universitário
Cascavel – Paraná - CEP: 85819-110
| revistalinguaseletras@gmail.com |