Edições anteriores

  • ENTRE O SILENCIAMENTO E A DENÚNCIA: AS VIOLÊNCIAS PRESENTES NAS NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS DE AUTORIA FEMININA
    v. 26 n. 61 (2025)

    As mulheres, por um período considerável da história, foram tratadas como objetos na literatura. Isso se deve, entre outros fatores, ao fato de que a escrita esteve predominantemente sob o domínio de homens, em especial, daqueles que representavam a masculinidade hegemônica, ou seja, brancos, heterossexuais e detentores do capital. Embora nos deparemos com inúmeras tentativas de silenciamento das mulheres, uma parcela delas, sobretudo as brancas que pertenciam às elites, conquistaram, num primeiro momento, o direito à leitura e, apesar da resistência de uma sociedade erguida e sustentada sob a égide do patriarcado, o direito de escrever. Constância Lima Duarte ao discorrer sobre a literatura afro-brasileira em Gênero e violência na literatura afro-brasileira (2010), evidencia uma diferenciação entre a produção literárias das autoras brancas e das autoras negras. A partir do contexto brasileiro, a estudiosa observa que a literatura produzida por mulheres brancas pouco trazia nos textos as violências às quais as mulheres eram sujeitadas. Quando a temática se fazia presente, as representações se limitavam às violências simbólicas. Em contrapartida, quando se tratava da produção literária das autoras afro-brasileiras, pensando aquelas que publicaram nos Cadernos Negros, Constância aponta que as escritoras em questão expuseram, sem meandros, as múltiplas violências que as mulheres são vítimas, tais como o espancamento, o estupro e o aborto, temas que foram sistematicamente negligenciados até então. Atualmente, ao deparamos com a produção literária brasileira de autoria feminina de escritoras não racializadas é possível identificar certa mudança, uma das mais evidentes diz respeito a incorporação de temas antes negligenciados, dentre eles as múltiplas violências para além da simbólica. Isso ocorre, por exemplo, nos romances de Tatiana Salem Levy Vista Chinesa (2021) e Melhor não contar (2024), e no romance O peso do pássaro Morto (2017), de Aline Bei. Dado o exposto, nosso objetivo é reunir trabalhos que discutam sobre representações das violências praticadas contra as mulheres, brancas e negras, em textos literários de autoria feminina em diferentes gêneros literários e/ou artísticos adotando, sempre que possível, uma abordagem intereseccional.

  • Capa da edição com título e imagem de lupa.

    A PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA DE BASE DIALÓGICA: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA LINGUAGEM
    v. 26 n. 60 (2025)

    A prática de análise linguística (PAL), como uma prática de linguagem na e para o ensino de língua na esfera escolar, ascende na publicação de obras de J. W. Geraldi entre as décadas de 1980 e 1990, despontando-se como uma das unidades de ensino da língua portuguesa na Educação Básica para o trabalho com os recursos linguísticos sob uma nova abordagem: a reflexão de seus usos. Essa proposta ganhou reconhecimento como um dos eixos de ensino de LP e passou a ser incorporada em documentos parametrizadores, inicialmente pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998) e, mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018) que a renomeou como prática de analise linguística/semiótica (PAL/S). Esse reconhecimento no ensino estimulou estudos dessa prática de linguagem por meio de diversos vieses teórico-metodológicos. Dentre eles, destacamos, como foco neste dossiê, estudos contemporâneos voltados aos escritos do Círculo de Bakhtin em confluências com proposição da PAL/S, ao que denominamos como PAL/S de base dialógica que, sustentada pela concepção dialógica de linguagem, apresenta uma (re)leitura da proposta de Geraldi (1984, 1991) e Franchi (2006[1988]). Com base nesse princípio, procuramos reunir, neste dossiê, estudos/pesquisas/reflexões que proponham um trabalho teórico-metodológico-analítico e/ou didático-pedagógico com a prática de análise linguística/semiótica de base dialógica no ensino de linguagem.

    Prazo para submissão dos artigos: 30 de setembro de 2024 a 26 de fevereiro de 2025

    Previsão de publicação: abril de 2025

    Organizadores:

    Profa. Dra. Adriana Mendes Polato (UNESPAR)

    Prof. Dr. Rodrigo Acosta Pereira (UFSC/CNPq)

    Profa. Dra. Terezinha da Conceição Costa-Hübes (UNIOESTE)

     

  • TEATRO E DRAMATURGIA: CORPO, PALAVRA E RESISTÊNCIA
    v. 24 n. 57 (2023)

    Dossiê "TEATRO E DRAMATURGIA: CORPO, PALAVRA E RESISTÊNCIA

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