A motivação autodeterminada em corredores recreacionais: uma abordagem quanti-qualitativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2019.v17.n2.p29

Palavras-chave:

Psicologia do Esporte, Corrida, Motivação

Resumo

Introdução: Nas últimas décadas o número de corredores de rua recreacionais aumentou substancialmente no Brasil. Assim, pesquisadores da Psicologia do Esporte vêm tentando identificar quais os motivos levam as pessoas a praticarem essa modalidade. Uma das teorias mais aceitas para entender a motivação do indivíduo para o esporte e exercício é a Teoria da Autodeterminação (TAD). A TAD define a motivação em um continuum, do indivíduo mais autodeterminado (intrinsecamente motivado) até o menos autodeterminado (amotivado). Objetivo: Identificar e analisar a motivação de corredores de rua recreacionais com base na TAD. Método: O desenho do estudo possui uma abordagem quanti-qualitativa. Foi utilizado o questionário SMS-28BR e uma entrevista semiestruturada. A amostra consistiu de 51 corredores participantes do Ranking de Corrida de Rua de Juiz de Fora (MG). Resultados: Verificou-se a existência de diversos motivos atuando concomitantemente para a prática da modalidade, principalmente por motivos intrínsecos (mais autodeterminado). Conclusão: A motivação intrínseca (autodeterminada) exerce função primordial para a continuidade da prática em corredores de rua recreacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMOROSE, A. Coaching effectiveness: Exploring the relationship between coaching behavior and self-determined motivation. In: HAGGER, M.; CHATZISARANTIS, N. (Orgs.). Intrinsic motivation and self-determination in exercise and sport. Champaign: Human Kinetics, 2007. p. 209-27.

BALBINOTTI, M. A. A.; GONÇALVES, G. H. T., KLERING, R. T.; WIETHAEUPER, D.; BALBINOTTI, C. A. A. Perfis motivacionais de corredores de rua com diferentes tempos de prática. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Porto Alegre, v. 37, n. 1, p. 65-73, 2015.

BANDURA, A. Self‐efficacy. Hoboken: Wiley Online Library, 1994.

BARA FILHO, M. G.; ANDRADE, D.; MIRANDA, R.; NÚÑEZ, J. L.; MARTÍN-ALBO, J.; RIBAS, P. R. Preliminary validation of a brazilian version of the sport motivation scale. Universitas Psychologica, Bogotá, v. 10, n. 2, p. 363-72, 2011.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

CLANCY, R.; HERRING, M.; CAMPBELL, M. Motivation Measures in Sport: A Critical Review and Bibliometric Analysis. Frontiers in Psychology, Lausanne, v. 8, n. 1, p. 348, 2017.

CLANCY, R.B.; HERRING, M.P.; MACINTYRE, T.E.; CAMPBELL, M. J. A review of competitive sport motivation research. Psychology of Sport and Exercise, Amsterdam, v. 27, n. 1, p. 232-42, 2016.

COIMBRA, D. R.; GOMES, S. S.; OLIVEIRA, H. Z.; REZENDE, R. A.; CASTRO, D.; MIRANDA, R. BARA FILHO, M. G. Características motivacionais de atletas brasileiros. Motricidade, Vila Real, v. 9, n. 4, p. 64-72, 2013.

COOPER, K. Aptidão física em qualquer idade: método Cooper. Rio de Janeiro: Forum Editora, 1972.

DECI, E.; RYAN, R. Intrinsic motivation and self-determination in human behavior. New York: Plenum, 1985.

FEDERAÇÃO PAULISTA DE ATLETISMO. Disponível em: <http://www.atletismofpa.org.br/>. Acessado em: 18 de setembro de 2017.

FONSECA, A. M. A psicologia do desporto e a “batalha da qualidade”. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, Porto, v. 1, n. 1, p. 114-23, 2001.

GONZÁLEZ-CUTRE, D.; SICILIA, Á.; BEAS-JIMÉNEZ, M.; HAGGER M. S. Broadening the trans-contextual model of motivation: a study with Spanish adolescents. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, Hoboken, v. 24, n. 4, p. 306-19, 2014.

GRATÃO, O. A.; ROCHA, C. M. Dimensões da motivação para correr e para participar de eventos de corrida. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 24, n. 3, p. 90-102, 2016.

HAGGER, M.; CHATZISARANTIS, N. The social psychology of exercise and sport. Nova York: McGraw-Hill Education, 2005.

INGRELL, J.; JOHNSON, U.; IVARSSON, A. Relationships between ego-oriented peer climate, perceived competence and worry about sport performance: a longitudinal study of student-athletes. Sport Science Review, Bucharest, v. 25, n. 3/4, p. 225-42, 2016.

JACKSON, S.; CSIKSZENTMIHALYI, M. Flow in sports: The keys to optimal experiences and performances, Champaign: Human Kinetics, 1999.

LINDAHL, J.; STENLING, A.; LINDWALL, M.; COLLIANDER, C. Trends and knowledge base in sport and exercise psychology research: a bibliometric review study. International Review of Sport and Exercise Psychology, Abingdon, v. 8, n. 1, p. 71-94, 2015.

MASSARELLA, F. L.; WINTERSTEIN, P. J. Motivação intrínseca e o estado mental flow em corredores de rua. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 45-68, 2009.

MIRANDA, R.; BARA FILHO, M. G. Construindo um atleta vencedor: uma abordagem psicofísica do esporte. Porto Alegre: Artmed, 2008.

MIZOGUCHI, M. V.; GARCIA, W. F.; NAZARIO, P. F.; LARA, B. M. Análise dos níveis motivacionais dos corredores de rua de Bragança Paulista. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, Brasília, v. 6, n. 1, p. 1-11, 2016.

NASCIMENTO JUNIOR, J. R. A.; VISSOCI, J. R. N.; BALBIM, G. M.; MOREIRA, C. R.; PELLETIER, L.; VIEIRA, L. F. Adaptação transcultural e análise das propriedades psicométricas da Sport Motivation Scale-II no contexto brasileiro. Revista da Educação Física, Maringá, v. 25, n. 3, p. 1-18, 2014.

NICHOLLS, J. G. Achievement motivation: conceptions of ability, subjective experience, task choice, and performance. Psychological Review, Washington, v. 91, n. 3, p. 328, 1984.

PELLETIER, L.; TUSON, K. M.; FORTIER, M.; VALLERAND, R. J.; BRIKRE, N. M.; BLAIS, M. R.; PELLETIER, L. G.; TUSON, K.; FORTIER, R. M. S. J. Toward a new measure of intrinsic motivation, extrinsic motivation, and amotivation in sports: The Sport Motivation Scale (SMS). Journal of Sport and Exercise Psychology, Champaign, v. 17, n. 1, p. 35-53, 1995.

ROJO, J. R.; STAREPRAVO, F. A.; MEZZADRI, F. M.; SILVA, M. M. Corrida de rua: reflexões sobre o “universo” da modalidade. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 21, n. 3, p. 82-96, 2017.

ROJO, J. R.; STAREPRAVO, F. A.; MORAES, M. O discurso da saúde entre corredores: um estudo com participantes experientes da Prova Tiradentes. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Brasília, v. 41, n. 1, p. 66-72, 2019.

RYAN, R.; DECI, E. Self-determination theory: basic psychological needs in motivation, development, and wellness. New York: The Guilford Press, 2017.

SALGADO, J. V. V.; CHACON-MIKAHIL, M. P. T. Corrida de rua: Análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões, Campinas, v. 4, n. 1, p. 90-9, 2006.

SANFELICE, R.; SANFELICE, R.; SOUZA, M. K.; NEVES, R. V. P.; ROSA, T. S.; OLHER, R. R.; SOUZA, L. H. R.; NAVARRO, F.; EVANGELISTA, A. L.; MORAES, M. R. Análise qualitativa dos fatores que levam à prática da corrida de rua. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Luís, v. 11, n. 64, p. 83-8, 2017.

SMITH, N.; TESSIER, D.; TZIOUMAKIS, Y.; FABRA, P.; QUESTED, E.; APPLETON, P.; SARRAZIN, P.; PAPAIOANNOU, A.; BALAGUER, I.; DUDA, J. L. The relationship between observed and perceived assessments of the coach-created motivational environment and links to athlete motivation. Psychology of Sport and Exercise, Amsterdam, v. 23, p. 51-63, 2016.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

TRUCCOLO, A. B.; MADURO, P. A.; FEIJÓ, E. A. Fatores motivacionais de adesão a grupos de corrida. Motriz, Rio Claro, v. 14, n. 2, p. 108-14, 2008.

VALLERAND, R. Toward a hierarchical model of intrinsic and extrinsic motivation. Advances in Experimental Social Psychology, Amsterdam, v. 29, p. 271-360, 1997.

Downloads

Publicado

09.08.2019

Como Citar

SENA JUNIOR, A. W.; COIMBRA, D. R.; DE OLIVEIRA, H. Z.; MIRANDA, R. A motivação autodeterminada em corredores recreacionais: uma abordagem quanti-qualitativa. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 17, n. 2, p. 29–36, 2019. DOI: 10.36453/2318-5104.2019.v17.n2.p29. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/22469. Acesso em: 5 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Psicologia do Esporte