A prática de atividade física mediada pelo meio geográfico: a distância entre as moradias e as instalações
DOI:
https://doi.org/10.36453/2318-5104.2020.v18.n1.p83Palabras clave:
Meio Ambiente, Promoção da Saúde, Qualidade de Vida, Exercício, Parques Recreativos.Resumen
OBJETIVO: Identificar comportamento de acesso de usuários a espaços públicos para a prática de atividade física recreativa (AF), considerando o distanciamento das moradias às instalações, bem como, a descrição da prática de diferentes tipos de AF sediados por esses espaços, em particular, a caminhada e a corrida. MÉTODOS: Estudo descritivo, reuniu dados transversais de investigações que exploraram, com metodologia semelhante, aspectos relacionados à acessibilidade às instalações públicas apropriadas para a prática de AF, em municípios de pequeno e médio porte situados na região Oeste do Estado do Paraná (Brasil). RESULTADOS: Foram entrevistados 98 participantes de ambos os sexos; a caminhada foi a opção de 50% dos entrevistados; 65% se deslocavam ativamente aos locais de atividade, sendo que três de cada quatro usuários se deslocavam a pé; o acesso às instalações foi predominantemente passivo para os usuários que residiam a 2 km ou mais de distância, e 80% dos entrevistados informaram residir até 2 km de distância das instalações. CONCLUSÃO: A falta de percepção de potencialidade de espaços possíveis para a prática de AF pode constituir um obstáculo para a adesão. Esta abordagem realça a importância da contextualização territorial dos espaços, dado que a relação entre a AF e o espaço urbano não se confina apenas aos locais especialmente destinados à prática de AF, mas também à sua acessibilidade.
Descargas
Citas
ANDREOLLI, C. R. D. L. Análise da relação entre a escolha da prática de atividade física na pista de atletismo da Unioeste com a distância da residência do praticante. 2018. TCC (Trabalho de Conclusão de Curso em Educação Física) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, 2018.
ANDREW, K.; KARLA, A. H. Environmental correlates of physical activity: a review of evidence about parks and recreation. Leisure Sciences, Milton, v. 29, n. 4, p. 315-54, 2007.
BESTETT, M. L. T. Ambiência: espaço físico e comportamento. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 601-10, 2014. .
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conheça cidades e estados do Brasil. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/>. Acessado em: 02 de março de 2019.
CERVERO, R.; SARMIENTO, O. L.; JACOBY, H.; GOMEZ, L. F.; NEIMAN, A. Influences of built environments on walking and cycling: lessons from Bogotá. Journal International Journal of Sustainable Transportation. Greenville, v. 3, n. 4, p. 2003-226, 2009.
COHEN, D. A.; MCKENZIE, T. L.; SEHGAL, A.; WILLIAMSON, S.; et al. Contribution of public parks to physical activity. American Journal of Public Health, Washington, v. 97, p. 509-14, 2007.
CRUZ, M. S.; BERNAL, R. T. I.; CLARO, R. M. Tendência da prática de atividade física no lazer entre adultos no Brasil (2006-2016). Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 3, n. 10, e00114817, 2018 .
HILLSDON, M.; PANTER, J.; FOSTER, C.; JONES, A. The relationship between access and quality of urban green space with population physical activity. Public Health, London, v. 120, p. 1127-32, 2006.
HOFFMANN, B. H. Análise da relação entre a escolha da prática de atividade física no lago municipal Rodolfo Rieger com a distância da residência do praticante. 2018. TCC (Bacharelado em Educação Física) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, 2018.
JAGO, R.; BARANOWSKI, T.; BARANOWSKI, J. C. Observed, GIS, and self-reported environmental features and adolescent physical activity. American Journal of Health Promotion, Newark, v. 20, n. 6, p. 422-428, 2006.
KACZYNSKI, A. T.; BESENYI, G. M.; STANIS, S. A. W.; KOOHSARI, M. J.; OESTMAN, K. B.; BERGSTROM, R.; et al. Are park proximity and park features related to park use and park-based physical activity among adults? Variations by multiple socio-demographic characteristics. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 11, p. 146, 2014.
KACZYNSKI, A. T.; HENDERSON, K. A. Environmental correlates of physical activity: a review of evidence about parks and recreation. Leis Sci, Milton, v. 29, p. 315-354, 2007.
KACZYNSKI, A. T.; POTWARKA, L. R.; SAELENS, B. E. Association of park size, distance, and features with physical activity in neighborhood parks. American Journal of Public Health, Washington, v. 98, p. 1451–1456, 2008.
LACKEY, K.; KACZYNSKI, A. Correspondence of perceived vs. objective proximity to parks and their relationship to park-based physical activity. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, Cidade, v. 6, p. 1-9, 2009.
LEE, Y. Gender. Differences in physical activity and walking among older adults. Journal of Women & Aging, New Jersey, v. 17, n. 1-2, p. 55-70, 2005.
LIMA, A. V.; FERMINO A. V.; OLIVEIRA, R. C.; RODRIGUEZ AÑEZ, M. P.; ROMELIO, C.; SIQUEIRA R. S. Distância percebida até as instalações de lazer e sua associação com a prática de atividade física e de exercícios em adolescentes de Curitiba, Paraná, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 8, p. 1507-21, 2013.
LIMA, D. F. Caminhada: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.
LIMA, D. F.; LIMA, L. A.; SILVA, M. P. Tendências temporais dos tipos principais de exercício físico e esporte praticados no lazer na cidade de Curitiba, Brasil: 2006-2014. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 25, n. 3, p. 98-105, 2017.
LIMA, D. F.; PIOVANI, V. G. S.; LIMA, L. A. Prática de futebol recreativo entre adultos residentes nas capitais brasileiras, 2011-2015. Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 27, n. 2, p. e2017284, 2018.
MARTINS, R. C.; SILVA, I. C. M.; HALLAL, P. C. Atividade física na população rural de Pelotas, RS: prevalência e fatores associados. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 52, supl. 1, 9s, 2018.
OMS. Organización Mundial de la Salud. Recomendaciones mundiales sobre actividad física para la salud. Geneve: OMS, 2010. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44441/9789243599977_spa.pdf;jsessionid=2472AEF0EF07D9984D7948C1FEB4D657?sequence=1>. Acessado em: 20 de agosto de 2019.
PEREIRA, J. M.; MONTEIRO, L. R. Actividades físicas de exploração da natureza - em defesa do seu valor educativo. Revista Horizonte, Lisboa, v. 69, p. 111-6, 1995.
QUEIROGA, M. R.; FERREIRA, S. A.; BONETI, M. D.; TARTARUGA, M. P.; COUTINHO, S. S.; CAVAZZOTO, T.G. Caracterização do ambiente físico e prática de atividades físicas em unidades básicas de saúde de Guarapuava, Paraná, 2011-2012. Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 25, n. 4, p. 827-836, 2016.
RAMOSI C. G. C.; ANDRADEI, R. G.; ANDARADEI, A. C. S.; FERNANDES, A. P.; COSTA, A. S. et al. Contexto familiar e atividade física de adolescentes: cotejando diferenças. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 537-548, 2017.
REIMERS, A. K.; MESS, F.; BUCKSCH, J.; JEKAUC, D.; WOLL, A. Systematic review on measurement properties of questionnaires assessing the neighbourhood environment in the context of youth physical activity behaviour. BMC Public Health, London, v. 11, n. 13, p. 461, 2013.
REZENDE, L. F.; RABACOW, F. M.; VISCONDI, J. Y.; LUIZ, O. C.; MATSUDO, V. K.; LEE, I. M. Effect of physical inactivity on major noncommunicable diseases and life expectancy in Brazil. Journal of Physical Activity and Health, Champaign, v. 12, n. 3, p. 299-306, 2015.
RUNDLE, A.; QUINN, LOVASI, J. G.; BADER, M. D.; YOUSEFZADEH, P.; WEISS, C.; NECKERMAN, K. Associations between body mass index and park proximity, size, cleanliness, and recreational facilities. American Journal of Health Promotion, Newark, v. 27, p. 262-9, 2013.
STREY, R. E. Distância percebida até as instalações de lazer e sua associação com a prática de atividade física em adultos de Pato Bragado, Paraná, Brasil. 2018. TCC (Bacharelado em Educação Física) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, 2018.
The American Heart Association. Physical Activity Guidelines for Americans, 2. ed. AHA: Woshington, 2018.
WHO. World Health Organization. Physical inactivity: a global public health problem. Geneva: WHO, 2018.
WOLCH, J.; JERRETT, M.; REYNOLDS, K.; MCCONNELL, R.; CHANG, R.; DAHMANN, N.; BRADY, K.; GILLILAND, F.; SU J. G.; BERHANE, K. Childhood obesity and proximity to urban parks and recreational resources: a longitudinal cohort study. Health & Place, Edinburgh, v. 17, p. 207-14, 2011.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Direitor Autorais Partilhados

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Los derechos de autor permiten descargar, compartir, copiar, distribuir, adaptar, transformar, exhibir y reproducir total o parcialmente el artículo para cualquier propósito legal, siempre que no tenga fines lucrativos y se cite la fuente.
Informamos que todo el contenido del texto publicado, así como sus posibles errores ortográficos y gramaticales, es de total responsabilidad de sus autores, sin que el Caderno de Educação Física e Esporte o nuestros Evaluadores Ad Hoc asuman ninguna implicación legal ni responsabilidad por posibles negligencias en el uso del idioma portugués o extranjero.