O Fenômeno da Economia Solidária sob à ótica de uma Análise Sócio-Histórica Hermenêutica (ASHH) nos Estudos Organizacionais
DOI:
https://doi.org/10.48075/csar.v21i41.28988Resumen
Nosso objetivo com esse texto é vislumbrar delineamento do método Hermenêutica de Profundidade e as possibilidades de análise da primeira etapa: a análise sócio-histórica hermenêutica proposta por Thompson (2000), e seu protocolo metodológico proposto por Stefani e Vizeu (2014). Como objeto de apreciação vamos realizar uma ASHH do fenômeno da Economia Solidária (ES). Quanto a Economia Solidária, temos que ela está à margem do mercado management hegemônico, pois ela é um outro modo de produção tendo os seus princípios pilares como a propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade individual (SINGER, 2002). Com isso, através da ASHH podemos vislumbrar novas possibilidades teórico-metodológica de estudo que não as de cunho a-histórico, pois ao compreender a história e seu enlace social nos possibilita entender a construção e reconstrução dos fenômenos por uma lente que não a convencional funcionalista.
Citas
ALVES, Elizeu Barroso; BUENO; Ademir Moreira; EBERSPACHER, Aline Mara Gumz; ROLON, Vanessa Estela Kotovicz. Sobrevivência das empresas de economia solidária brasileiras sob o prisma do capitalismo: sustentabilidade é possível? Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade. Ed. Especial, vol. 7, n. 3, p. 701 – 716. jul – dez 2014.
ALVES, Juliano Nunes; FLAVIANO, Viviane; KLEIN, Leander Luiz; LÖBLER, Mauri Leodir; PEREIRA, Breno Augusto Diniz. Cad. EBAPE.BR, v. 14, n. 2, Artigo 1, Rio de Janeiro, Abr./Jun. 2016.
BETERO, C.O. Estudos organizacionais em perspectiva. RAE-revista de administração de empresas, v.5, n.1, p. 92-93, 2005.
BURKE, Peter. História e teoria Social. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
CNES. 1º Plano Nacional de Economia Solidária. Disponível em: <http://www.unisolbrasil.org.br/2015/wp-content/uploads/2015/06/plano_nacional_de_ecosol_12062015_com_capa.pdf>. Acesso em 25 jun. 2017.
ENGELS, Friedrich. Do socialismo utópico ao socialismo científico. In: MARX, K. e ENGELS, F. Obras escolhidas Vol 02. Rio de Janeiro: Vitória, 1961b. pp. 305-338.
FRANÇA FILHO, G. C.; LAVILLE, J. Economia Solidária: uma abordagem internacional. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
GAIGER, Luiz (org.). Formas de resistência e de combate à pobreza. São Leopoldo: Unisinos, 1996.
_______________. A economia solidária diante do modo de produção capitalista. CADERNO CRH, Salvador, n. 39, p. 181-211, jul./dez. 2003
____________. Práticas sociais e conhecimento acadêmico no campo da Economia Solidária. BIB. São Paulo, n. 73, 1º Semestre de 2012, p. 5-20.
GORDON, Peter. Robert Owen (1771-1858). Perspectivas: revista trimestral de educación comparada (París, UNESCO: Oficina Internacional de Educación), vol. XXIV, nos 1-2, 1993, págs. 279-297.
HORKHEIMER, Max. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. In: _____; ADORNO, Theodor W. Textos Escolhidos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
JACQUES, Roy Stager. History, historiography and organization studies: the challenge and the potential. Management & Organizational History, vol. 1, no. 1, p. 31-49, 2006.
KOSELLECK, R. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/ Ed. PUC-Rio, 2006.
LABRIOLA, Antonio. Em memória do Manifesto Comunista. In: COGGIOLA, O. (Org.). Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 1998. pp. 87-135.
LAVILLE, J. L. (Compilador). Economia Social y Soliaria: uma visión europea. Buenos Aires, Altamira: 2004.
LE GOFF, J. A História Nova. In: A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1998. P. 25-64.
MATITZ, Q. R. S. ; VIZEU, Fabio . Construção e Uso de Conceitos em Estudos Organizacionais: Por uma Perspectiva Social e Histórica. Revista de Administração Pública (Impresso), v. 46, p. 577-598, 2012.
MÜHL, Eldon Henrique. Violência, racionalidade instrumental e a perspectiva educacional comunicativa. Cadernos de Educação, n. 33, 2009.
PINHEIRO. Daniel Calbino; PAES DE PAULA, Ana Paula. Para uma discussão da eficiência na economia solidária: algumas implicações teóricas e empíricas. ORG & DEMO, Marília, v. 16, n. 2, p. 25-44, Jul./Dez., 2015.
POLANYI, Karl. A grande Transformação: as origens de nossa época. 2 ed. Rio de Janeiro, Campus, 2000.
RAZETO, L. Economia de solidariedade e organização popular. In: GADOTTI, M. e GUTIERREZ F. (Orgs). Educação comunitária e economia popular. São Paulo: Cortez, 1993. p. 34-58.
RUFINO, S. (Re) Fazer, (Re) Modelar, (Re) Criar: A Autogestão no processo produtivo. Tese de Doutorado. POLI/USP, 2005, 181 p.
SEIFERT, R. E. ; VIZEU, Fabio . Crescimento Organizacional: uma Ideologia Gerencial?. RAC. Revista de Administração Contemporânea (Online), v. 19, p. 127-141, 2015.
SINGER, P.. Economia solidária versus economia capitalista. Sociedade e estado, v. 16, n. 1-2, p. 100-112, 2001.
____________. Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
_______________. A economia solidária no Governo Federal. Mercado de Trabalho, n.4, IPEA, 2004.
STEFANI, D. ; VIZEU, Fabio . Contribuições da Análise Sócio-Histórica à Pesquisa Organizacional e da Administração. Perspectivas Contemporâneas, v. 9, p. 187-209, 2014.
SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
THOMPSON, J. B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
TUCHMAN, G. Historical social science: methodologies, methods, and meanings. In: DENZIN, N; LINCOLN, Y. (Ed) Handbook of Qualitative Research. London: Sage, 1994. p. 306-323.
VIZEU, Fabio. Potencialidades da análise histórica nos estudos organizacionais brasileiros. RAE (Impresso), v. 50, p. 36-46, 2010.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Ciências Sociais Aplicadas em Revista
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.