El proyecto de Criminología del Sur y la influencia norteamericana de la negociación de culpabilidad en el Acuerdo de No Persecución Penal, establecido por el Paquete Anticrimen
DOI:
https://doi.org/10.48075/csar.v24i44.29031Palabras clave:
Acuerdo de no persecución, Brasil, Criminología del Sur, Paquete Anti-Crimen, Negociación de culpabilidadResumen
Esta investigación analizó los principales cambios introducidos por el Paquete Anticrimen (Ley N° 13.964/2019) al Código Procesal Penal (Decreto-Ley N° 1). Aunque la negociación de culpabilidad, que influyó en la creación del Acuerdo de No Persecución Penal, no fue incluida en el sistema de justicia penal brasileño, sus métodos se utilizan en este instituto legal. Sucede que, con ello, se violan derechos y garantías fundamentales, así como, se flexibiliza y mitiga principios constitucionales. Dicho esto, la construcción de esta obra estuvo motivada por su carácter social, ya que la adopción de este instituto legal imposibilita la correcta y efectiva aplicación de la ley. De esta forma, el objetivo es analizar el Southern Criminology Project y la influencia norteamericana de la negociación de culpabilidad en el Acuerdo de No Persecución Penal. Para ello se utilizarán técnicas de investigación bibliográfica de carácter básico, de tipo descriptivo-explicativo, por el método inductivo. A modo de conclusión, es fundamental observar la Criminología del Sur en la elaboración de disposiciones legales, como la mencionada anteriormente, ya que las normas jurídicas creadas en el Norte Global atienden únicamente a intereses locales. Por lo tanto, debe observarse la factibilidad y compatibilidad de estos mecanismos legales con el ordenamiento jurídico interno y con la realidad de Brasil.
Citas
CONNELL, Raewyn. Southern Theory: The global dynamics of knowledge in the social Science, Allen & Unwin, 2007.
AGACCI, Mathaus. O overcharging e o direito de ser bem acusado no processo penal brasileiro. Consultor Jurídico, São Paulo, 24 set. 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-set-24/mathaus-agacci-overcharging-processo-penalbrasileiro. Acesso em: 24 abr. 2021.
ALEXANDER, Michelle. A nova segregação: racismo e encarceramento em massa. São Paulo: Boitempo, 2017.
BARBARET, Rosemary. Women, Crime and Criminal Justice, Routledge, Londres e Nova York, 2014.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Tradução J. Cretella Jr. e Agnes Cretella. 2. ed. rev. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
BOSWORTH, Mar; HOYLE, Carolyn. What is Criminology?. Oxford University Press, 2011.
BRASIL. Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002. Diário Oficial da União: Brasília, DF, p. 1-51, 25 set. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm. Acesso em: 25 maio 2021.
BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13964.htm. Acesso em: 24 abr. 2021.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BROWN, Mark. Penal Power and Colonial Rule. Routledge, 2014.
CALLEGARI, André Luis. A injustiça do modelo americano de plea bargain. Consultor Jurídico, São Paulo, 10 jan. 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-jan10/andre-callegari-injustica-modelo-americano-plea-bargain. Acesso em: 24 abr. 2021.
CARRINGTON, Kerry; HOGG, Russell; SOZZO, Maximo. Criminologia do Sul (Southern criminology). Direito e Práxis, v. 9, n. 3, p. 1932-1962, 2018. Disponível em: https://eprints.qut.edu.au/123212/. Acesso em: 24 abr. 2021.
CASTRO, Ana Lara Camargo de. Plea bargain: resolução penal pactuada nos Estados Unidos. Belo Horizonte: D’Plácido, 2019.
CONNELL, Raewin; DADOS, Nour. ‘Where in the world does neoliberalism come from? The market agenda in southern perspective’, Theory and Society, 43: 117-138, 2014.
CONNELL, Raewyn. Southern Theory: The global dynamics of knowledge in the social Science, Allen & Unwin, 2007.
CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime. Salvador: Jus Podium, 2020. Disponível em:https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/503d0a0c70ce513069b32571267eb905.pdf. Acesso em: 24 abr. 2021.
D’OLIVEIRA, Heron Renato Fernandes. A história do direito penal brasileiro. Projeção, Direito e Sociedade, v. 5, n. 2, p. 30-38, 2014. Disponível em: http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao2/article/view/410. Acesso em: 24 abr. 2021.
FABRETTI, Humberto Barrionuevo; SILVA, Virgínia Gomes de Barro e. O sistema de justiça negociada em matéria criminal: reflexões sobre a experiência brasileira. Revista Direito UFMS, Campo Grande, v. 4, n. 1, p. 279-297, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/revdir/article/view/5919. Acesso em: 24 abr. 2021.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 3. ed. rev. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
FILIPPO, Thiago Baldani Gomes De; PASCOLATI JUNIOR, Ulisses Augusto. A americanização do Direito Penal pode ser bem-vinda?. Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM, Ano 27 - nº 318, 2019.
FONSECA, Cibele Benevides Guedes da; CORREIO, Lia de Souza Siqueira; CORREIO, Diaulas Costa Ribeiro. Ministério Público dos Estados Unidos da América: uma análise das atuações federal e estadual. Revista de Direito Internacional Econômico e Tributário - RDIET, Brasília. v. 11, n. 2, p. 131-132, 2016. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RDIET/article/view/7529/4914. Acesso em: 24 abr. 2021.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. O direito penal comparado na América Latina. Revista de Direito Penal, v. 24, 1979. Disponível em: http://www.fragoso.com.br/wp-content/uploads/2017/10/20171003010618-direito_penal_america_latina.pdf. Acesso em: 25 maio 2021.
FURQUIM, Gabriel Martins; SCARPELLI NETO, Salvador. Expansão e seletividade: a justiça penal negociada no pacote anticrime. Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM, Ano 27 - nº 323, 2019.
GEMAQUE, Sílvio César Arouck. A necessária influência do processo penal internacional no processo penal brasileiro. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2011. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2137/tde-14062013-131227/en.php. Acesso em: 24 abr. 2021.
GEMAQUE, Sílvio César Arouck. A necessária influência do processo penal internacional no processo penal brasileiro. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2011. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2137/tde-14062013-131227/en.php. Acesso em: 24 abr. 2021.
GIACOMOLLI, Nereu José. Legalidade, oportunidade e consenso no processo penal na perspectiva das garantias constitucionais: Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
JARDIM, Afrânio Silva. Ação penal pública: princípio da obrigatoriedade. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
LANGER, Máximo. Dos transplantes jurídicos às traduções jurídicas: a globalização do plea bargaining e a tese da americanização do processo penal. DELICTAE: Revista de Estudos Interdisciplinares sobre o Delito, [s. l.], v. 2, n. 3, p. 19-115, 2017. Disponível em: http://delictae.com.br/index.php/revista/article/view/41. Acesso em: 24 abr. 2021.
LEMOS, Raul. A política criminal do plea bargain e sua aplicação no direito brasileiro. Revista de Iniciação Científica e Extensão da Faculdade de Direito de Franca, v. 4, n. 2, p. 177-182, 2019. Disponível em: http://revista.direitofranca.br/index.php/icfdf/article/view/995. Acesso em: 24 abr. 2021.
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito processual penal. 10.ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
LOPES JÚNIOR, Aury; PACZEK, Vitor. O plea bargaining no projeto “anticrime”: remédio ou veneno?. Cadernos de Direito, v. 11, n. 23, 2019.Disponível em: http://www.faculdadedamas.edu.br/revistafd/index.php/cihjur/article/view/1050. Acesso em: 24 abr. 2021.
LOPES JÚNIOR., Aury; OLIVEIRA, Daniel Kessler de. A ilusão de voluntariedade negocial no processo penal. Consultor Jurídico, São Paulo, 31 maio 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-mai-31/limite-penal-ilusao-voluntariedade-negocialprocesso-penal. Acesso em 24 abr. 2021.
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 8ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014.
MCLENNAN, Gregor. ‘Postcolonial Critique: The Necessity of Sociology’, Political Power and Social Theory, 24: 119-144, 2013.
MELO, Juscelino Oliveira de. Juiz De Garantias: Da Implantação à suspensão – Uma discussão. Monografia (Bacharelado em Direito) – Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/55231/1/2020_tcc_jomelo.pdf. Acesso em: 25 maio 2021.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 15. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
ROORDA, João Guilherme Leal; MATOS, Lucas Vianna; BARRETO, Ana Luisa Leão de Aquino. A economia política do pacote “anticrime”. Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM, Ano 27 - nº 318, 2019.
SARLET, Ingo Wolfgang. A Lei Fundamental da Alemanha aos 70 anos? vale apenas comemorar. Consultor Jurídico, São Paulo/SP, 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-mai-31/direitos-fundamentais-lei-fundamental-alemanha-aos-70-anos-vale-apenas-comemorar. Acesso em: 25 maio 2021.
SEN, Amartya. Identity and Violence – the Illusion of Identity, Allen Lane: Londres, 2006.
WACQUANT, Loïc. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. Trad. Sergio Lamarrão, 3ª ed. Rio de Janeiro: Revan/ICC, 2007.
WALKLATE, Sandra. Whither criminology: its global future(s)? Keynote Presentation to the Asian Criminology Conference, 2015.
WALSH, Dylan. Por que os tribunais criminais dos EUA são tão dependentes do plea bargaining? Consultor Jurídico, São Paulo, 15 fev. 2019.
WEDY, Miguel Tedesco. A eficiência e sua repercussão no direito penal e no processo penal. Porto Alegre: Elegantia Juris, 2016.
WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi; ROLOFF, Bruna Caregnato. A importação dos institutos jurídicos negociais para o processo penal brasileiro: considerações críticas. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas (UNIFAFIBE), v. 8, n. 3, p. 436-468, 2020. Disponível em: https://www.unifafibe.com.br/revista/index.php/direitos-sociais-politicas-pub/article/view/964. Acesso em: 24 abr. 2021.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Ciências Sociais Aplicadas em Revista

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.