Reflexões sobre o ato tradutório em trechos de literatura indígena

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/ri.v24i2.29081

Palavras-chave:

Tradução Literária, Semiótica da Cultura, Transcriação, Identidade, Literatura Indígena

Resumo

Este trabalho é resultado de pesquisa desenvolvida no Grupo de Pesquisa LEETRA (CNPq) que abriga, entre outras, as linhas de pesquisa “Estudos de Tradução” e “Letramento e comunicação intercultural”. A pesquisa que desenvolvemos envolveu a tradução comentada de dois corpora distintos, levando-se em consideração o papel do tradutor, seja como segundo autor, seja como ator ou agente das linhas de fronteira, em exercício de alteridade cultural. No contexto da Literatura Indígena brasileira em particular, entendemos que esse exercício tradutório pode contribuir para a divulgação do trabalho de autores indígenas brasileiros, que produzem seus textos em português e acabam relativamente isolados do cenário mundial, assim como daqueles textos literários produzidos originalmente em uma das línguas indígenas hoje existentes em território nacional, os quais requerem, para sua divulgação e conhecimento entre nós, sua tradução para a língua portuguesa. Pretendemos contribuir para a reflexão sobre a tradução e sobre questões culturais a ela relacionadas, assim como para a implementação da lei 11.645/08 que implica a inclusão da temática indígena nos currículos escolares.

Biografia do Autor

Maria Claudia Bontempi Pizzi, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Possui graduação em Letras (português/inglês) e Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP/FCLar (2004 e 2007). É doutora em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente, é pós-doutoranda do Departamento de Letras e do PPGL na UFSCar. Tem experiência nas áreas de Letras e Linguística Aplicada, com ênfase em ensino/aprendizagem de línguas, tradução e estudos literários, atuando principalmente nos seguintes temas: tradução literária, ensino/aprendizagem de línguas (português/inglês) e inglês para manutenção de aeronaves. É professora de inglês certificada pela "University of Cambridge" e pela ETS, além de examinadora oficial em exames oferecidos pela "Mastertest" (TOEFL ITP e TOEIC). É professora de inglês/português do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) desde 2015. Além disso, possui experiência em EaD desde 2009, atuando como tutora virtual e professora em cursos da SEaD/UFSCar, UFSCar e IFSP. Em 2017, participou do Programa SETEC/CAPES-NOVA, concluindo o curso "TESOL Training for English Faculty from the Federal Network of Professional and Technological Education Institutes of Brazil" na Northern Virgina Community College - NOVA, campus Woodbridge, VA, USA. É integrante do Grupo de Pesquisa sobre inglês para manutenção de aeronaves - GPIMA e do Grupo de Pesquisa LEETRA - Laboratório Linguagens em Tradução.

Maria Sílvia Cintra Martins, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Graduada em Letras - Português, Alemão e Sânscrito - pela Universidade de São Paulo. Possui mestrado e doutorado em Letras pela UNESP de Araraquara, estágio de pós-doutoramento no IEL/UNICAMP e na FFLCH/USP, e Estágio de Pesquisa no Exterior no King's College (UK). Atualmente é professora Sênior do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Carlos, e atua nos Programas de Pós-Graduação PPGL/UFSCar e Programa de Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA/USP). É líder do Grupo de Pesquisa LEETRA, editora das revistas LEETRA Indígena e LEETRA Anos Iniciais, e da série "Linguagens em Diálogo". Desenvolveu ações colaborativas com professores da UFOPA, da UFES, da University of Manitoba (CA) e da University of Maryland (EUA). Possuiu vínculo como Fellow Researcher no King's College (UK). Participa como pesquisadora do Projeto Internacional "Rhythmuskonzept in der Translation und Translationswissenschaft", sediado na Universidade de Hildesheim, na Alemanha, voltado ao aprofundamento e detalhamento na pesquisa em torno da obra do linguista, poeta e tradutor francês Henri Meschonnic. Participa das atividades da BAAL -"British Association for Applied Linguistics" (UK) e é membro do "Professional, Academic, and Work-Based Literacies" - PAWBL (UK). Coordenou expedição científica ao Alto Rio Negro no ano de 2010 (FAPESP 2009/13871-4), quando ofereceu aos professores indígenas de São Gabriel da Cachoeira (AM) o Curso de Extensão (PROEX/UFSCar) "Formação em Educação Escolar Diferenciada e Inclusiva". Foi Coordenadora Geral do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - PNAIC/UFSCar no triênio 2013-2015. Desenvolve ações colaborativas junto à Secretaria de Educação de São Carlos (formação de professores de Educação Infantil). É parecerista FAPESP, CAPES e CNPq, também das revistas Linguasagem, REVEDUC, Scripta, Pró-Posições, Bakhtiniana, Revista Heterotópica, PERcursos Linguísticos e (Con)textos Linguísticos. É a idealizadora, roteirista e coodenadora de produção do game/app "A caça ao tigre-de-Bengala e outros animais em extinção" apropriado para crianças de Educação Infantil e do primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Possui em andamento a produção do app "Jeriguigui e o jaguar" (FAPESP 2019/07879-4). É pesquisadora PQ-2. 

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Publicado

30-06-2022

Como Citar

PIZZI, M. C. B.; MARTINS, M. S. C. Reflexões sobre o ato tradutório em trechos de literatura indígena. Ideação, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 63–84, 2022. DOI: 10.48075/ri.v24i2.29081. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/29081. Acesso em: 4 nov. 2024.