Identidade negra e presteza social em Toni Morrison: uma análise pós-colonialista de The Bluest Eye
Resumo
Este texto visa analisar The Bluest Eye (1965), da escritora afro-americana Toni Morrison (1931), sob a luz dos estudos pós-coloniais: as representações deliberadamente marginalizadas que Morrison faz dos personagens negros a pretexto da crítica. Após levantamento bibliográfico, percebeu-se que Bhabha (1991), Fanon (2008), Kaplan (1998), Said (2007) entre outros, ilustram perfeitamente as questões apresentadas no romance americano, uma vez que este trata, especificamente, de pessoas negras sofrendo e vivendo apesar do racismo estrutural, bem como reproduzindo-o entre seus pares. É sabido que, enquanto mulher afro-americana escrevendo sobre racismo durante a década de 60 – uma das décadas mais movimentadas no sentido de produção cultural e luta contra a segregação racial, Morrison percebia a sociedade norte-americana racista de forma pungente. Então, ao inspirar o medo, o sombrio e o hábito ao sofrimento racial nas relações corriqueiras de uma pequena cidade norte-americana, Morrison ecoava preceitos racistas a fim de denunciar as discrepâncias no tratamento e nas representações de pessoas brancas e negras – e do impasse entre a marginalização e a aceitação de tudo o que reside entre essas categorias. O objetivo desta pesquisa é analisar como Morrison constrói esta crítica através da relação entre duas famílias: os Breedlove e os McTeers; apresentando-os como indivíduos e, posteriormente, como peças irrelevantes de grandes engrenagens pensadas para perpetuar o ódio ao negro e torná-lo uma peça igualmente irrelevante na sociedade em que vive.
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