“Não é L de Lula, é arminha”

acontecimento e equivocidade no discurso jornalístico-político

Autores

  • Luciana Vinhas UFRGS

Resumo

Durante a pandemia do novo coronavírus, Jair Bolsonaro recorreu às viagens como forma de buscar mais visibilidade em meio à população. Em delas, operários de uma barragem do RN posaram para uma foto com o Presidente, protegidos pela bandeira do país, e, alguns deles, com um gesto já conhecido na mão direita. O dedo indicador e o polegar, formando duas retas perpendiculares, são interpretados pela mídia como referidos ao L de Lula. Contudo, após repercussão do suposto ato de resistência, os operários fizeram a retificação: os dedos representavam uma arma. O presente trabalho discute sobre o deslocamento provocado pela formulação visual no processo de circulação dos discursos, colocando em jogo posições antagônicas do espectro de formações discursivas que compõem o interdiscurso. Pretendemos tratar sobre a equivocidade da imagem e sobre o acontecimento jornalístico-político.

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Publicado

04-04-2024

Como Citar

VINHAS, L. “Não é L de Lula, é arminha”: acontecimento e equivocidade no discurso jornalístico-político. Línguas & Letras, [S. l.], v. 24, n. 56, 2024. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/30113. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Discurso, história e processos de subjetivação