#EMBRIGADEMARIDOEMULHERSEMETEACOLHERSIM
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, ENUNCIADOS E PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES NAS MÍDIAS DIGITAIS
Resumo
No espaço da internet, o uso das hashtags são bastante utilizadas para se levantar discussões e indexá-las em diversos aplicativos. O feminicídio da jovem advogada paranaense Tatiane Spitzner, ocorrido em julho de 2018, foi amplamente divulgado na mídia corporativa e nas mídias digitais, sobretudo nas redes sociais. Nesta pesquisa, propomo-nos a analisar, à luz dos Estudos Discursivos Foucaultianos, a produção de subjetividades para a mulher vítima de feminicídio a partir da discursivização do crime nas mídias digitais em publicações indexadas pela #embrigademaridoemulhersemeteacolhersim, que irrompeu após a morte de Tatiane Spitzner. O corpus será constituído por oito publicações indexadas a partir da #embrigademaridoemulhersemeteacolhersim, pelo critério de maior regularidade discursiva. Será utilizada uma abordagem descritivo-interpretativa associada ao método arqueogenealógico. Como resultados, o acúmulo gerado pela irrupção de publicações que retornam o enunciado “em briga de marido e mulher não se mete a colher”, através da sua refutação e atualização, produzem novas verdades sobre a prática do feminicídio na atualidade e contribuem para a sua discursivização como um crime grave e cuja denúncia para evitar que o crime se consume é de responsabilidade de todos aqueles que dele tiverem conhecimento. Nas publicações, a vítima é subjetivada como mulher em situação de violência, portanto, merecedora de proteção social e estatal.
Palavras-chave: Estudos discursivos foucaultianos; violência contra a mulher; subjetividades.
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