Hegemonia linguística e produção do saber

uma análise crítica da pós-graduação de alto desempenho no Nordeste do Brasil

Autores

  • Sr Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro

DOI:

https://doi.org/10.5935/1981-4755.20250016

Resumo

Neste artigo analisamos criticamente as exigências linguísticas em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu avaliados com nota 7 pela CAPES e sediados na região Nordeste do Brasil. A pesquisa, de natureza qualitativa e documental, teve como foco treze programas de diferentes áreas do conhecimento em universidades federais. Os dados revelam a hegemonia da língua inglesa como idioma obrigatório para ingresso e titulação, com raras menções ao espanhol e francês como segunda língua opcional. A análise evidencia que essa preferência não se apoia em justificativas pedagógicas ou epistêmicas, mas opera como política linguística implícita, reforçando desigualdades históricas, exclusão simbólica e colonialidade do saber. Neste artigo discutimos os impactos dessa lógica monolíngue na construção do conhecimento, na formação acadêmica e no acesso à pós-graduação, apontando para a necessidade de políticas linguísticas mais inclusivas e plurais no ensino superior brasileiro.

Biografia do Autor

Sr, Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro

Doutor e Pós-Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo - USP Docente do Departamento de Letras - DELET - Irati Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO - Campus de Irati

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Publicado

27-11-2025

Como Citar

JACUMASSO, T. D. Hegemonia linguística e produção do saber: uma análise crítica da pós-graduação de alto desempenho no Nordeste do Brasil. Línguas & Letras, [S. l.], v. 26, n. 60, 2025. DOI: 10.5935/1981-4755.20250016. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/36524. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

A PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA DE BASE DIALÓGICA: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA LINGUAGEM