Hegemonia linguística e produção do saber
uma análise crítica da pós-graduação de alto desempenho no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5935/1981-4755.20250016Resumo
Neste artigo analisamos criticamente as exigências linguísticas em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu avaliados com nota 7 pela CAPES e sediados na região Nordeste do Brasil. A pesquisa, de natureza qualitativa e documental, teve como foco treze programas de diferentes áreas do conhecimento em universidades federais. Os dados revelam a hegemonia da língua inglesa como idioma obrigatório para ingresso e titulação, com raras menções ao espanhol e francês como segunda língua opcional. A análise evidencia que essa preferência não se apoia em justificativas pedagógicas ou epistêmicas, mas opera como política linguística implícita, reforçando desigualdades históricas, exclusão simbólica e colonialidade do saber. Neste artigo discutimos os impactos dessa lógica monolíngue na construção do conhecimento, na formação acadêmica e no acesso à pós-graduação, apontando para a necessidade de políticas linguísticas mais inclusivas e plurais no ensino superior brasileiro.
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