DO SONHO AO PESADELO: AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE

Autores

  • Luzia Aparecida Berloffa Tofalini

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v11i21.4227

Palavras-chave:

romance - morte - identidades

Resumo

 

O discurso romanesco de As Intermitências da Morte joga com o sério e o cômico ao descrever a vida, repleta de convenções, de dez milhões de habitantes de um país inominado. As personagens são destituídas de identidade pessoal e assumem identidades coletivas. O texto artístico-romanesco apresenta-se vazado por uma crítica acirrada que denuncia a revolta, gerada pela sensação de desagregação e estilhaçamento de valores e da constatação de um quadro de miséria, injustiça e inconsequência, resultado da corrida gananciosa atrás de interesses. O narrador ironiza as atitudes pessoais e coletivas, as situações inusitadas e a própria ideia de morte e de ‘deus’. O texto mostra-se eivado de denúncias relacionadas ao estado geral de degradação. Dividida em dois núcleos (a interrupção momentânea das atividades da morte e o retorno aos seus trabalhos), a narrativa instaura uma realidade, permeada pelo fantástico, e obriga a uma reflexão metafísica sobre os insolúveis enigmas que cercam a existência humana. A morte sofre um processo de humanização como tentativa de trazê-la mais perto do gênero humano, ao seu exato lugar.  Palavras-chave: romance; morte; identidades.

 

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Publicado

17-12-2010

Como Citar

TOFALINI, L. A. B. DO SONHO AO PESADELO: AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE. Línguas & Letras, [S. l.], v. 11, n. 21, 2010. DOI: 10.5935/rl&l.v11i21.4227. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/4227. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários