América Latina no olho da tormenta mundial

Resumo

RESUMO: A crise econômica atual, além das suas manifestações no campo político, vem acompanhada de novos rearranjos na política externa imperialista dos Estados Unidos, cuja última cena foi a eleição de Barack Obama e seu plano de governo voltada para a América Latina e, principalmente, Cuba. Após o período das reformas neoliberais a América Latina foi palco de experiências de “governos nacionalistas” de vários matizes e de movimentos sociais e populares antiimperialistas que precisam ser analisados a partir do novo contexto da crise mundial. Tratando-se da trajetória do movimento sindical e de partidos de esquerda e de centroesquerda, estes novos “governos nacionalistas” produziram uma mudança na relação com suas bases históricas, a exemplo de Hugo Chávez, na Venezuela, e de Lula, no Brasil, e estabelecendo novas alianças com setores burgueses nacionais e internacionais para gerir o Estado burguês. No governo estas lideranças passaram a construir uma base de apoio personalista. A crítica mais radical contra o imperialismo associado ao capitalismo interno vem dos movimentos indigenistas na Bolívia, e o futuro de Cuba passa pela luta política interna e a luta de classes mundial.