PARA ALÉM DAS DICOTOMIAS. A BIOPOLÍTICA E A LEGISLAÇÃO PARA A INFÂNCIA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v6i11.2506
Agências de fomento
CNPq
Palavras-chave:
Violência, Direito, Estatuto da Criança e do Adolescente.Resumo
O recurso à dicotomização é marca das análises políticas brasileiras já desde ocentenário da Independência. Neste, pólos associados à dicotomia público-privado têm sido
constantemente atualizados de forma a remontar os problemas na democratização do país a
uma tendência histórica de perversão daquilo que é público pelas características do privado. O
mesmo acontece na avaliação dos impasses à efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente,
ainda que, nessa avaliação, àquilo que é público ou privado associem-se novas dicotomias (direito
x assistencialismo, Estado do Bem Estar Social x neoliberalismo, por exemplo). Como resultado
desse jogo de opostos, emerge um discurso científico apoiado na certeza da separação entre uma
dinâmica do favor - constituída em uma relação Estado-sociedade marcada pela tutela e tomada
como fundamento dos Códigos de Menores de 1927 e 1979 - e uma lógica dos direitos, que,
supostamente, se consolidaria a partir da mudança paradigmática que o Estatuto da Criança e
do Adolescente inaugura em relação à legislação anterior. É esse quadro que o conceito de
biopolítica vem abalar, principalmente no diálogo que a partir de Foucault e Agamben faz questionar
a pertinência de referências políticas tradicionais para pensar o direito na contemporaneidade.
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Publicado
03-11-2009
Como Citar
D’AFONSECA, V. da C. P. PARA ALÉM DAS DICOTOMIAS. A BIOPOLÍTICA E A LEGISLAÇÃO PARA A INFÂNCIA NO BRASIL. Temas & Matizes, [S. l.], v. 6, n. 11, p. p. 89–105, 2009. DOI: 10.48075/rtm.v6i11.2506. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/2506. Acesso em: 17 abr. 2025.
Edição
Seção
Dossiê: Biopolítica
Licença
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