Uma androide consciente em westworld: referências para pensar procedimentos autorais na Educação
Palavras-chave:
conscientização, narrativa digital, procedimentos autorais, imaginaçãoResumo
Os projetos educacionais que buscam a promoção da conscientização, da criatividade e da imaginação são complexos, pois ao mesmo tempo em que valorizam a autoria, também podem sufocá-la. Desta forma, procurou-se um caminho ficcional que colaborasse com a compreensão de como, de uma maneira objetiva, pode ser favorecida junto aos estudantes a reflexão crítica sobre sua própria existência, que seria a conscientização (FREIRE, 2018). A criação experimental de personagens como procedimento autoral pode ser um caminho prático nessa direção. Para discutir essa possibilidade, buscou-se analisar a diegese da série de televisão Westworld (HBO, 2016), com foco específico em uma personagem que percorre um caminho rumo à conscientização, pois ela é um androide que se liberta de suas funções preestabelecidas e decide “escrever” a sua própria história. Este texto, assim, é um ensaio de cunho filosófico que interpreta Westworld como uma narrativa digital (MURRAY, 2013), que pode ser desmembrada e observada. A partir daí, se faz uma reflexão sobre os percursos da imaginação, com base na obra de Bachelard (1968) para, por fim, propor possibilidades educativas no âmbito dos novos estudos de letramento (LANKSHEAR, KNOBEL, 2006; THOMAS, 2006), incluindo a produção autoral narrativa na escola.
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Referências
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