Representação e recordações da malandragem em Memórias de Madame Satã, de Sylvan Paezzo
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i2.27706Palavras-chave:
Madame Satã, Memórias, Malandragem, Representação.Resumo
No livro intitulado Memórias de Madame Satã (1972), de Sylvan Paezzo, o protagonista narra a sua história para o próprio jornalista Sylvan Paezzo. Apelidado de Madame Satã, enfrentou o racismo e o preconceito por ser negro, artista e transexual. E devido as suas vivências recebeu alcunha de malandro, o malandro segundo Antonio Candido (1970), é um indivíduo que vive fora das normas estabelecidas pela sociedade, situando-se entre a ordem e a desordem. João Francisco dos Santos relata em detalhes os fatos vivenciados, ou seja, aciona a sua memória para contar sobre sua vida, Le Goff (1990) afirma que a memória é uma propriedade que armazena informações e um conjunto de funções psíquicas, na qual o homem pode atualizar os conhecimentos e experiências. Considerando esses aspectos a pesquisa objetivou analisar a representação do malandro no livro Memórias de Madame Satã (1972), de Sylvan Paezzo, identificando a construção da personagem, as memórias e sua representação na sociedade brasileira como malandro, artista e pessoa. Portanto, de cunho bibliográfico, a pesquisa possui como suporte teórico, os estudos de Antonio Candido (1970), DaMatta (1997), Roberto Schwarz (1987), Roberto Schwarz (1987), Le Goff (1990), Pierre Nora (1978), Maurice Halbwachs (2013), François Dosse (2015), Zilá Bernd (2017), dentre outros. Efetuadas as análises, comprovamos que Madame Satã é uma legitima malandra, criada na Lapa, moldada pela sociedade, na qual necessitou utilizar os atos da malandragem para sobreviver perante uma sociedade preconceituosa.
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