POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM NÍVEL SUPERIOR A DISTÂNCIA NO BRASIL E OPRINCÍPIO AUTONOMIA

Resumo

O escopo do presente trabalho consiste na apresentação das políticas brasileiras, para a formação de professores, em nível superior, na modalidade de educação a distância, (EaD) e na  reflexão sobre o princípio da autonomia que as tem justificado, entre outros, apontado em projetos, práticas e pesquisas.  No Brasil, ao final da década de 1990 a EaD começou a sair da periferia das políticas educacionais. Com o governo Lula,  adquiriu centralidade no cenário educacional, especialmente no nível médio, educação profissionalizante e superior, com destaque para a formação inicial e continuada de professores. Também a pesquisa sobre EaD tem crescido significativamente nos últimos anos. Reiteradamente, a EaD é dita como uma modalidade educativa que concorre para a autonomia dos sujeitos. A autonomia é eleita como prática, objetivo. Por conta, seja direta ou indiretamente esta categoria é mencionada, já que na educação a distância é muito acentuada a capacidade do discente para determinar os objetivos de sua aprendizagem. No entanto, se por um lado a EaD exige mais autonomia, autogestão, autoestudo, autoorganização, autonomização, autoditatismo, por outro, ela também carrega o risco de não alcançar seus objetivos, pela falta da figura do professor, que dialoga, motiva, esclarece, emancipa e traça relações ético políticas, pois educação é práxis social. O texto está organizado em: Introdução onde se apresentam os objetivos do trabalho, o que se entende por Educação a Distância e a abordagem histórica das políticas educacionais. Em seguida, apresentam-se as políticas de EaD e a perspectiva de que com os governos Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva elas saíram da periferia para o centro. Feito isto, procede-se à reflexão sobre autonomia com base em Kant, Paulo Freire e Marx. Destarte, objetiva-se trazer contribuições para qualificar o debate nesse campo o que é apontado nas considerações finais.