Formação e trabalho Docente: tensões e perspectiva na educação brasileira
DOI:
https://doi.org/10.48075/educare.v18i47.30720Palavras-chave:
Políticas Educacionais; Formação Docente; Neoconservadorismo.Resumo
O artigo tem o objetivo de analisar as políticas de formação docente, a partir de um balanço das últimas décadas, a fim de problematizar as perspectivas que se apresentam diante de um contexto neoconservador que se configurou, sobretudo, a partir de 2019, no Brasil. A análise apresentada é resultado de estudos documentais e bibliográficos, sob a perspectiva ontoepistemológica marxista. Inicialmente apresentamos algumas premissas que acreditamos serem fundamentais, pois orientam a concepção de formação de professores(as) no contexto da formação humana, a concepção de educação e de conhecimento que defendemos e que contraria as propostas que permeiam a sociabilidade do capital. Posteriormente, recuperamos questões colocadas desde a década dos anos 1990 do século XX e, em seguida, no cenário neoconservador, procuramos analisar o que mudou nesses últimos anos para a formação e o trabalho docente. Subsequentemente, abordamos, de maneira específica a análise da “nova” proposta de formação, indicando perspectivas futuras, considerando a nova conjuntura política brasileira, a partir do ano de 2023.
Referências
AITSL. Australian Institute for Teaching and School Leadership. Australian Professional Standards for Teachers. AITSL, 2017. Disponível em: https://www.aitsl.edu.au/docs/default-source/comms/australian-professionalstandards-for-teachers.docx?sfvrsn=1916a13c_4. Acesso em: 22 fev. 2023.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 67, p. 31-32, 9 abr. 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: 12 jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Brasília: Conselho Nacional de Educação; Conselho Pleno, 2019a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro2019-pdf/135951-rcp002-19/file. Acesso em: 12 jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Brasília: Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2020-pdf/164841-rcp001-20/file. Acesso em: 12 jan. 2023.
BACCIN, E. V. C.; SHIROMA, E. O. Reconhecimento de saberes e competências: gênese e repercussões sobre o trabalho e a carreira docentes. Revista Trabalho Necessário, n. 18, v. 37, p. 365-389, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.22409/tn.v18i37.46297. Acesso em: 12 jan. 2023.
CONTRERAS, J. A autonomia de professores. Tradução Sandra Tabucco Valenzuela. São Paulo: Cortez, 2012.
LUKÁCS, G. Estética. La peculiaridade de lo estético. Barcelona, ES: Grijalbo, 1966.
MASSON, G. A produção de conhecimento em György Lukács: possíveis contribuições para uma concepção marxista de formação de professores. Relatório Final de Estágio Pós-Doutoral. Universidade Federal de Santa Catarina, 2019.
MORAES, M. C. M. de; TORRIGLIA, P. L. Sentidos de ser docente e da construção do seu conhecimento. In: MORAES, M. C. M. de. (ORG.). Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de formação docente. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 45-60
MORAES, M. C. M.; TORRIGLIA, P. L.; Educação Light que palpite infeliz! Indagações sobre as propostas do MEC para a formação de professores. Teias, Rio de Janeiro, v. 1, p. 51-59, 2000.
PEREYRA, M. A. Mitos y realidades de la reforma de la formación del profesorado en España: entre el pasado y el presente. In: BIRGIN, A., et al. La formación docente. Cultura, escuela y política. Debates y experiencias. Buenos Aires: Troquel, 1998. (Serie Flacso Acción).
PIMENTA, S. G. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (ORG.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005. p. 17-52.
SILVA, A. F. Projetos em disputa na definição das políticas de formação de professores para a Educação Básica no Brasil (1987-2001). Curitiba: Appris, 2018.
TORRIGLIA, P. L. A Formação docente no contexto histórico: político das reformas educacionais no Brasil e na Argentina. 2004. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
TORRIGLIA, P. L. Memorial de Atividades Acadêmicas (2006-2022). Trabalho apresentado como requisito parcial para a promoção para classe de Professora Titular da Carreira do Magistério Superior. Universidade Federal de Santa Catarina. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.