Max Richter e a “criatividade ativista”:

a obra Voices (2019) e a atualidade da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Autores

  • André Fabiano Voigt

Palavras-chave:

Música e política, direitos humanos, identidades

Resumo

O presente artigo pretende analisar alguns elementos da composição Voices (2019), idealizada por Max Richter e realizada em equipe. Os elementos analisados em Voices compreendem, desde questões formais, sonoras, visuais, até como foram empregados trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos ao longo da peça. Compreender o protagonismo dado às vozes de Eleanor Roosevelt e KiKi Layne, assim como as principais personagens da música/vídeo serem pessoas em sua diferença/diversidade, relacionando o conteúdo de Voices à menção feita em entrevistas a respeito da importância de movimentos como o Black Lives Matter, pode nos trazer elementos importantes para pensar como a composição Voices relaciona a atualidade da Declaração Universal de Direitos Humanos a produção artística como meio de usar a criatividade a serviço do ativismo.

Biografia do Autor

André Fabiano Voigt

Professor do Instituto de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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Publicado

18-12-2024

Como Citar

VOIGT, A. F. Max Richter e a “criatividade ativista”:: a obra Voices (2019) e a atualidade da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Espaço Plural, [S. l.], v. 20, n. 41, p. 54–73, 2024. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/espacoplural/article/view/33639. Acesso em: 14 mar. 2025.