O desenvolvimento do luto no contexto da pandemia do covid-19: a atuação da terapia cognitiva comportamental no tratamento do luto complexo persistente
DOI:
https://doi.org/10.48075/rfc.v26i44.32212Resumo
A propagação do vírus COVID-19 levou ao alerta mundial de estado de pandemia e trouxe a todos a lembrança contínua da existência da morte devido aos altos registros de falecimento a todo momento, e as múltiplas mortes ocorridas em poucos períodos de tempo dentro do contexto social e familiar das pessoas. Este contexto trágico pode ter características únicas como a obrigatoriedade do afastamento e isolamento social em prol da proteção à saúde, e a restrição ou impedimento de rituais de despedida e velórios para que não ocorresse o risco de contágio pelo vírus. O presente trabalho verificou como tais aspectos afetam o luto natural, apontando que houve comprometimento das fases conhecidas como negação, raiva, barganha, depressão e aceitação que acabaram se intensificando ou foram negligenciadas, pois diversas famílias não puderam acompanhar o adoecido e obter informações precisas dos médicos, como também foram impedidas de ver e aproximar-se do corpo, ou também pela infecção ocorrer de pessoa para pessoa, foi visto que muitas se sentiram responsáveis pela fatalidade. A pesquisa percebeu que esse prolongamento pode ter se direcionado para o que atualmente é conhecido como “Transtorno do Luto Complexo Persistente” ocorrido quando a perda foi traumática, podendo levar a níveis mais altos de sofrimento impedindo que as etapas do luto fossem concluídas, tornando o sujeito refém de sua dor mesmo após anos se passarem e o vírus ter deixado de ser um risco. O estudo, pensando em como intervir nos sintomas psíquicos causados por essas circunstâncias, identificou que a Terapia Cognitivo Comportamental mostrou ser uma abordagem eficaz para o tratamento por ter como base a identificação, análise, reformulação de crenças e pensamentos disfuncionais, simulação dos eventos pela prática de Role Play através da arte teatral e ativação graduada para retornar o paciente às suas práticas cotidianas, e realizar a construção de novos objetivos.
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