O PIBID de Letras-Português e o professor em formação: análise dos resultados obtidos em um curso de extensão ministrado por pibidianos
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v15i26.26195Palavras-chave:
Pibid, gêneros do discurso, formação inicial, curso de extensão.Resumo
A constituição da identidade docente é permeada por diversas vivências formativas e uma delas é norteada pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). No subprojeto de Letras-Português da Universidade Estadual de Maringá (UEM), uma das ações previstas para os pibidianos é a de ministrar cursos de extensão, pois se pressupõe que tais cursos são uma ferramenta imprescindível tanto para a internalização de conteúdos como para o desenvolvimento de saberes metodológicos. Desse modo, permitir que o pibidiano também seja um coformador é uma estratégia para garantir a apropriação do gênero trabalhado e para concretizar, ainda mais, a sua identidade docente. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar os resultados obtidos em um curso de extensão denominado “Fundamentos teóricos-metodológicos para a escrita do gênero Artigo de Opinião”, ministrado em 2017 por dois pibidianos aos demais colegas. O referencial teórico ancora-se nos pressupostos sobre gêneros do discurso, advindos dos estudos de Bakhtin e seu Círculo (BAKHTIN, 2003; BAKHTIN; VOLOCHÍNOV, 2006) e na concepção de escrita como trabalho (FIAD; MAYRINK-SABINSON, 1991). Metodologicamente, foram realizados cinco encontros que envolveram o trabalho com a leitura e a produção textual do gênero Artigo de Opinião a 30 sujeitos participantes. Os resultados ratificam que houve a apropriação do gênero apenas por uma parte dos integrantes. Concluímos que, apesar disso, a vivência de coformadores em um curso de extensão nos propiciou desenvolver novos saberes para a profissão docente.
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