A auto-eco-organização na formação ética e emocional do professor face à insegurança armada nas escolas
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v18i33.33457Palavras-chave:
Formação ética de professores; Auto-eco-organização; Educação emocional; Política armamentista nas escolas.Resumo
A profissão docente, no atual contexto de fragilidade das relações familiares, sociais e escolares, impactada pela pobreza e pelo intenso fluxo de informações, tornou-se um campo de tensões e incertezas. Esse cenário exige formação continuada dos/as educadores/as, desafiando-os a assumir posicionamentos político-educacionais, especialmente diante de políticas públicas como o projeto de lei em tramitação no Congresso, que propõe o uso de armas letais em escolas. Adotamos como referencial teórico as perspectivas da complexidade e auto-eco-organização de Edgar Morin (2005), articulada às perspectivas ético-educacional e formativa, para problematizar processos dialógicos de formação no contexto docente. Investigamos a relação entre ética pessoal e profissional, questões deontológicas e dimensões emocionais em situações dilemáticas como o armamento para vigias escolares. Os dados analisados foram produzidos a partir das reflexões de professores de diferentes níveis de ensino, destacando brasões representativos dos valores, emoções e projeções de atuação dos participantes. Enfatiza-se a necessidade de formações que articulem dimensões emocionais e éticas em resposta a políticas públicas que afetam diretamente a segurança e a prática pedagógica.
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