Uma noite em cada esquina: o ethos-fascista para além dos neologismos
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v18i34.35114Palavras-chave:
Extremismo; Imaginário social; Zoé.Resumo
Diversos esforços têm sido envidados por literatos, pensadores, jornalistas e uma miríade de intelectuais dentro e fora da academia e dos demais espaços destinados ao debate científico no sentido de compreender os muitos aspectos das firmes manifestações extremistas empreendidas nos últimos anos por radicais expoentes da ultradireita por todo o planeta. Em paralelo, governos e políticas notadamente alinhados ao discurso nazifascista original avançam brutalmente por todo o planeta, prosperando com discursos e estratégias cujo verniz de civilidade não disfarça a nefasta orientação ideológica – seduzindo apoiadores sem os quais a tarefa de desrespeitar os direitos e garantias fundamentais do indivíduo e mitigar os pilares mais basilares do direito contemporâneo seria irrealizável. O presente artigo é um fragmento de capítulo da primeira parte de uma dissertação em curso, portanto a metodologia ensaística utilizada se edifica na esteira de uma fundamentação teórica maior e mais complexa em virtude da adaptação deste amplo estudo para o formato diminuto. Busca prospectar, no seio das análises propostas por alguns dos mais competentes analistas da atualidade, fundamentos que contribuam para esta questão; e nos leva, ao cabo, por observar a notória permanência dos mais caros valores desta elogia em diversos posicionamentos de diferentes relevâncias na sociedade contemporânea.
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