A escrita autobiográfica feminina na educação de jovens e adultos da UFMG: subjetividade e memória
Palavras-chave:
Educação de jovens e adultos, Gênero, Escrita, Memória.Resumo
O presente artigo apresenta reflexões sobre o ensino do gênero literário escrita autobiográfica em sala de aula e mostra como essa prática pode possibilitar o trabalho com discussões sobre as questões sociais, gênero e raça no PROEMJA do Centro Pedagógico, UFMG. Para isso, buscamos, a partir de obras das escritoras Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, práticas de escrita autobiográficas que trouxessem a perspectiva literária feminina da “escrevivência” (EVARISTO, 2017). Contamos com o apoio teórico de autores como FREIRE (1979), FERRARO (2010), FERREIRA (2015), GOMES (2011) e LEJEUNE (2008), entre outros. O objetivo é pesquisar o lugar da escrita feminina problematizando questões tais como gênero, classe, raça/cor, e entender como elas estão presentes na tessitura dos textos da perspectiva dos estudos sobre interseccionalidade (CRENSHAW, 2002) destes marcadores de diferença. A perspectiva metodológica desse estudo consiste em uma pesquisa qualitativa com base na aplicação de questionários, realização de sequências didáticas em sala de aula e trabalho de campo, com imersão etnográfica. Neste texto, trazemos as análises iniciais das histórias de vida contadas pelas educandas em seus textos autobiográficos.
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