Bens culturais e a constituição do sujeito
pressupostos da teoria histórico-cultural
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v17i3.31658Palavras-chave:
Teoria Histórico-cultural, Sujeito, Cultura, Patrimônio CulturalResumo
Haja vista que o ser humano, enquanto sujeito histórico-cultural, desenvolve-se nas relações com o meio e com o outro, este artigo tem como finalidade refletir sobre a constituição do sujeito a partir dos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, especialmente dos conceitos de linguagem e cultura e suas implicações educacionais. Para tanto, realizou-se um estudo de natureza teórica, a partir de uma revisão bibliográfica que tem como base os dois princípios apresentados por Alves-Mazzotti (2002): contextualização do objeto de estudo e análise do referencial teórico, buscando um breve levantamento histórico acerca da formação da sociedade moderna e da instituição escolar sob a óptica capitalista. Em seguida, abordam-se pontos relacionados ao pensamento de Vigotski, como o precursor da Teoria Histórico-Cultural, a linguagem enquanto constituidora do sujeito e o conceito de cultura segundo Leontiev, entendendo que a formação do sujeito histórico-cultural se dá nas relações com o meio e com os outros. Discutem-se também as implicações educacionais da teoria aqui analisada a partir dos bens culturais, buscando exemplificar as exposições teóricas. Destacou-se que os bens culturais, além de terem uma função estética, sejam significativos do ponto de vista da apropriação cultural. Constatou-se, por fim, que a Teoria Histórico-Cultural pode constituir-se como fundamento basilar para a reflexão dos conceitos de linguagem e cultura que estruturam os espaços educacionais. Assim, ações educacionais permitem o entendimento dos significados e sentidos elaborados pela população a respeito dos bens culturais em sua constituição histórica.
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