O que narram as professoras negras ativistas?
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v18i2.32983Palavras-chave:
Pedagogias de resistência, Feminismo negro decolonial, pesquisa narrativaResumo
Este artigo é fruto de uma pesquisa doutoral que teve como objetivo compreender como professoras negras ativistas de movimentos sociais, atravessadas por violências estruturais, criam formas de enfrentamentos sócio-político-pedagógicos, no combate às desigualdades produzidas pelo racismo patriarcal, colonial e epistêmico em suas atuações na Educação Básica. Como base epistemológica articulamos educação, movimentos sociais e feminismo negro decolonial. Escolhemos a pesquisa narrativa como método para colher histórias de vida das professoras negras ativistas. Os resultados indicam que suas histórias de vida-profissão nascem de lugares de pertencimento, congruência e reciprocidade e indicam que a escrita destas professoras apresenta uma dimensão ética/política/profissional com experiências potentes e baseadas em epistemes que valorizam pedagogias de (re)existências partilhadas coletivamente com reconhecimento da alteridade, pertencimento racial, elevação da autoestima e protagonismo docente.
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