A ANÁLISE DE PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO DE TEMÁTICAS DA NUTRIÇÃO: A SALA DE ESPERA COMO ESPAÇO NÃO-FORMAL DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
DOI :
https://doi.org/10.17648/educare.v12i25.18431Résumé
Este estudo teve por objetivos principais investigar:
(a) a prática educativa de uma graduanda (E1) do último ano do
curso de Nutrição que assumiu o papel de mediadora num espaço
de educação não-formal comumente conhecido na literatura da
área da Saúde Pública como Sala de Espera, neste caso, unidades
básicas de atendimento ambulatorial; (b) a delimitação de
objetivos, estratégias de ensino e de medidas de aprendizagem
decorrentes das interações com os pacientes e, por m, (c) se a
utilização de uma ferramenta da Análise Aplicada do
Comportamento, denominada Avaliação Funcional Descritiva,
poderia gerar alterações signicativas no modo como a
participante interpreta suas próprias ações em situações de
ensino-aprendizagem no ensino de ciências e saúde e as medidas
de aprendizagem decorrentes destas com o público. Utilizamos
parâmetros de uma Pesquisa Qualitativa, inscrita na modalidade
de Delineamento de Estudo de Caso Único, orientada pelos
pressupostos teóricos do Behaviorismo Radical de B. F. Skinner, na
qual a participante foi exposta a entrevistas semiestruturadas,
registros em áudio e vídeo de três de suas Salas de Espera em
interação com pacientes, além da apresentação um Modelo de
Avaliação Funcional Descritiva (MAFD) elaborado pelo
pesquisador e que buscou analisar episódios de ensino em dois de
Vol. 13 Número 25 Jul./Dez. 2017
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Revista de
Educação
seus encontros. Os resultados evidenciaram que, após a exposição ao MAFD proposto, a
participante E1 executou modicações no modo como conduziu e interpretou os processos
de ensino-aprendizagem ao longo de sua atuação nos atividades de Sala de Espera realizadas.
A participante passou, com maior dedignidade, melhor delimitar os objetivos, estratégias
de ensino capazes de alcançá-los e reconhecer e interpretar medidas de aprendizagem em
seus aprendizes. Do mesmo modo, pode-se dizer que a participante atuou com
5 autocontrole (ou na linguagem cognitivista “conscientemente”) nas ações educativas
promovidas, fornecendo maiores oportunidades para que os pacientes se expressassem e
ao mesmo tempo ela própria percebesse a consistência ou não destas participações.
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