A imprescindibilidade da leitura dos clássicos literários em contraposição ao estímulo espontaneísta do consumo de obras adaptadas: uma polêmica
Palavras-chave:
Leitura literária; adaptação de clássicos literários; ensino de literatura.Resumo
Problematizamos o uso de adaptações de clássicos literários de qualidade duvidosa em contextos escolares, substituindo os textos originais. Discutimos o papel da escola na formação do indivíduo e a necessidade de evitar o esvaziamento do currículo escolar e, portanto, do trabalho pedagógico. Analisamos dados produzidos a partir de formulário/questionário respondido por professores de Língua Portuguesa da rede estadual e de algumas redes municipais de ensino do Espírito Santo. Constatamos que o uso de adaptações é realidade entre a maioria dos respondentes e que tal uso ampara-se em versões supostamente mais atrativas aos alunos e na simplificação da linguagem. Defendemos que a recorrência às adaptações dos clássicos, sem critérios claros e planejamento intencional, organizado e sistemático, colabora para o esvaziamento dos conteúdos literários.
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