Investigação de como japoneses leitores de inglês como segunda língua reagem a nomes próprios
DOI:
https://doi.org/10.48075/odal.v3i6.29367Palavras-chave:
leitores de segunda língua, nomes próprios, análises lexicais, entrevista, leitura em voz altaResumo
Um dos pressupostos das pesquisas sobre ensino de vocabulário e leitura de segunda língua (L2) é o de que os leitores de L2 podem facilmente entender os nomes próprios que encontram, embora falte fundamentação empírica para esta conjectura. O objetivo deste estudo é investigar como leitores japoneses de L2 inglês percebem e reagem a nomes próprios. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com leitores japoneses de L2 inglês de baixa intermediação (N = 4) para investigar quais são os fatores afetivos envolvidos ao encontrar nomes próprios desconhecidos em textos; que estratégias eles usam ao encontrar novos nomes e qualquer outra dificuldade que tenham para o processamento adequado de nomes. Os participantes também foram solicitados a ler em voz alta um pequeno texto e relatar as referências de vários nomes próprios, usando uma versão modificada do Protocolo do Pensamento em voz alta (think-aloud protocol). Foi constatado que a principal fonte de confusão para os entrevistados estava relacionada com a inexperiência com nomes próprios; ou seja, incerteza sobre quais nomes próprios são sobrenomes, prenomes ou apelidos; qual é o gênero; e como é a fonologia dos nomes próprios. Os participantes também relataram várias estratégias que utilizam quando encontrar nomes próprios novos, tais como fazer pesquisas on-line e usar pistas contextuais e ortográficas. Os resultados mostram que é temerário pressupor que nomes próprios desconhecidos nunca pode ser fonte de dificuldade para os leitores de inglês como L2.
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