A agenda 2030 e a qualidade da educação: nova forma de governamentalidade?
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v19i35.34223Palavras-chave:
Agenda 2030; Educação de Qualidade; Governamentalidade.Resumo
O presente artigo, intitulado “Agenda 2030 e a qualidade da educação: nova forma de governamentalidade?”, tem como objetivo problematizar o discurso dos organismos internacionais pelo documento da Agenda 2030 em Educação como forma de governamentalidade, identificando a concepção de educação presente nesse documento internacional e os efeitos de sentido da qualidade em educação. Este trabalho se justifica, tanto no âmbito acadêmico quanto social, pela sua relevância, especialmente considerando a escassez de pesquisas foucaultianas nessa área, contribuindo, assim, para apontar a racionalidade que sustenta o discurso da política da Agenda 2030 para a Educação. A análise fundamenta-se nos estudos de Michel Foucault, que oferece conceitos e ferramentas teóricas, especialmente a noção de governamentalidade, essenciais para examinar o discurso da Agenda 2030 - Educação. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e documental, com consultas aos sites oficiais, tanto nacionais quanto internacionais. As conclusões evidenciam que a educação está profundamente influenciada pelo crescimento econômico, inserida em um contexto de acumulação de capital.
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