A autorregulação da aprendizagem no ensino de Química: percepções e práticas de licenciandos no contexto da pandemia da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v18i34.30854Palabras clave:
Autorregulação da aprendizagem. Ensino remoto emergencial. Formação inicial de professores.Resumen
A autorregulação da aprendizagem é definida como o processo no qual o aluno estrutura, monitora e avalia o seu próprio aprendizado para atingir metas. Trata-se de uma abordagem relevante para ser inserida nos cursos superiores de formação inicial de professores, pois proporciona ao aluno universitário conhecimento sobre o tema para que, no exercício de sua profissão, possa realizar atividades que desenvolvam nos alunos as estratégias autorregulatórias, objetivando melhorias na aprendizagem. A autorregulação da aprendizagem também se configura como um processo importante a ser desenvolvido no cenário do ensino remoto emergencial, visto que, os alunos tiveram que adaptar suas rotinas e hábitos de estudos, havendo a necessidade de reorganizar horários e locais para estudar. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é identificar ações que indicam a autorregulação de aprendizagem antes e durante a pandemia de Covid-19 dos alunos que compõem a disciplina de Metodologia do Ensino de Química I, componente curricular do curso de Licenciatura em Química do IFRN (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande Do Norte) campus Pau dos Ferros. Para isso, foram aplicados dois questionários para identificar ações e hábitos que indicam a autorregulação da aprendizagem desses alunos para dois momentos distintos: antes e durante a pandemia. Os dados obtidos foram analisados e, como resultado, identificou-se que os alunos se tornaram mais autorregulados durante a pandemia, pois tiveram que organizar melhor o tempo e espaços para realizar as tarefas e atividades das disciplinas. Espera-se que este trabalho possa contribuir sobre a autorregulação da aprendizagem, principalmente durante a nova realidade vivenciada com o ensino remoto emergencial.
Citas
AMARO, H. D.; SEMPREBON, E.; BARON JUNIOR, E. A.; DEZEVECKI, A. F. Influência da procrastinação acadêmica na autoavaliação de desempenho de acordo com o nível de autoeficácia do discente. Revista Universo Contábil, [S.l.], v. 2016, n. 4, p. 48-67, 31 dez. 2016. DOI: 10.4270/ruc.2016433. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/universocontabil/article/view/rc_unisinos-2016.043.03. Acesso em: 31 dez. 2016.
ARRUDA, E. P. Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede - Revista de Educação a Distância, [S.l.], v. 7, n. 1, p. 257-275, maio 2020. DOI: 10.53628/emrede.v7.1.618
Disponível em: https://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/618. Acesso em: maio 2020.
BANDURA, A. A evolução da teoria social cognitiva. In: BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. A. J. Teoria social cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BARNARD, L.; LAN, W.; CROOKS, S.; PATON, V. O. A relação entre crenças epistemológicas e habilidades de aprendizagem autorreguladas no ambiente do curso online. Merlot Journal of Online Learning and Teaching, [S.L.], v. 4, n. 3, p. 261-266, set. 2008.
BARNARD, L.; LAN, W. Y.; TO, Y. M.; PATON, V. O.; LAI, S.-L. Medindo a autorregulação em ambientes de aprendizagem online e combinada. The Internet and Higher Education, [S.L.], v. 12, n. 1, p. 1-6, jan. 2009. DOI: 10.1016/j.iheduc.2008.10.005
Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1096751608000706
Acesso em: jan. 2009.
BORUCHOVITCH, E. Autorregulação da aprendizagem: contribuições da psicologia educacional para a formação de professores. Psicologia Escolar e Educacional, [S.L.], v. 18, n. 3, p. 401-409, dez. 2014. DOI: 10.1590/2175-3539/2014/0183745
Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/NfP3YvwjQgY3rLnBGZgGrqh/.
Acesso em: dez. 2014.
CARVALHO, P. F.; SANA, F.; YAN, V. X. Self-regulated spacing in a massive open online course is related to better learning. npj Science of Learning, v. 5, art. 2, mar. 2020. DOI: 10.1038/s41539-020-0068-2
Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41539-020-0068-2
Acesso em: mar. 2020.
CRESWELL, J. W. Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. [S.l.]: Sage Publications, 2014.
DACIÊ, F. do P.; ANZILAGO, M. Efeito da motivação dos acadêmicos de ciências contábeis sobre as estratégias de aprendizagem adotadas por eles: estudar ou compreender? Revista Mineira de Contabilidade, [S.l.], v. 20, n. 3, p. 90-104, 2019. DOI: 10.21529/2446-4740.2019.20307
Disponível em: https://revista.crcmg.org.br/index.php/REMAC/article/view/20307.
Acesso em: 2019.
FRISON, L. M. B. Autorregulação da aprendizagem: abordagens e desafios para as práticas de ensino em contextos educativos. Revista de Educação PUC-Campinas, [S.l.], v. 21, n. 1, p. 1-18, maio 2016. DOI: 10.24220/2318-0870v21n1a3103
Disponível em: https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reveducacao/article/view/3103.
Acesso em: maio 2016.
GANDA, D. R.; BORUCHOVITCH, E. Self-handicapping strategies for learning of preservice teachers. Estudos de Psicologia (Campinas), [S.l.], v. 32, n. 3, p. 417-425, set. 2015. DOI: 10.1590/0103-166X2015000300013
Disponível em: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/3CmHFqMJBJ3ZYXzXCBJGh4k/.
Acesso em: set. 2015.
GANDA, D. R.; BORUCHOVITCH, E. A autorregulação da aprendizagem: principais conceitos e modelos teóricos. Revista Psicologia da Educação, [S.l.], v. 1, n. 46, p. 71-80, 2018.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
JOYE, C. R.; MOREIRA, M. M.; ROCHA, S. S. D. Educação a Distância ou Atividade Educacional Remota Emergencial: em busca do elo perdido da educação escolar em tempos de covid-19. Research, Society and Development, [S.l.], v. 9, n. 7, p. e521974299, 24 maio 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4299.
Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4299.
Acesso em: 24 maio 2020.
KNECHTEL, M. do R. Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-prática dialogada. Praxis Educativa, [S.l.], v. 11, n. 2, p. 531-534, 6 jun. 2016. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.11i2.0011
Disponível em: https://revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/10926.
Acesso em: 6 jun. 2016.
LUDOVICO, F. M.; MACHADO, A. D.; BARCELLOS, P. da S. C. C. O uso pedagógico de um software de apresentação digital interativa (SADI) para a mediação de aula a distância na modalidade síncrona. Interletras, [S.l.], v. 8, n. 30, p. 1-14, mar. 2020.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1998.
MONEREO, F. C. El paradigma del aprendizaje estratégico. Estado del arte de la investigación. In: Congreso Internacional de Educación, Investigación y Formación Docente. Medellín: Universidad de Antioquia, 2006. p. 181-196.
MOREIRA, J. A. M.; HENRIQUES, S.; BARROS, D. Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, [S.l.], n. 34, p. 351-364, 3 jun. 2020. DOI: 10.5585/dialogia.n34.15226
Disponível em: https://revistas.unisantos.br/dialogia/article/view/15226.
Acesso em: 3 jun. 2020.
OPAS/OMS. Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde. Folha informativa Covid-19. 07 de janeiro de 2020.
Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875. Acesso em: 26 nov. 2021.
SAMPAIO, R. K. N.; POLYDORO, S. A. J.; ROSÁRIO, P. S. L. F. Autorregulação da aprendizagem e a procrastinação acadêmica em estudantes universitários. Cadernos de Educação | Fae/Ppge/Ufpel, [S.l.], n. 42, p. 119-142, ago. 2012.
SILVA, D. J. M.; SILVA, M. A.; VILELA, M. S. S.; OLIVEIRA, R. M. Procrastinação e desempenho acadêmico: indícios por meio da análise de correspondência. Revista Mineira de Contabilidade, [S.l.], v. 17, n. 3, p. 16-31, dez. 2016.
SIMÃO, A. M. V.; FRISON, L. M. B. Autorregulação da aprendizagem: abordagens teóricas e desafios para as práticas em contextos educativos. Cadernos de Educação | Fae/Ppge/Ufpel, [S.l.], v. 45, n. 2, p. 1-20, ago. 2013.
TESTA, M. G.; LUCIANO, E. M. A influência da autorregulação dos recursos de aprendizagem na efetividade dos cursos desenvolvidos em ambientes virtuais de aprendizagem na internet. Revista Eletrônica de Administração, 66 ed., v. 16, n. 2, mai./ago. 2010.
TRÍAS, D.; HUERTAS, J. A. Autorregulación en el aprendizaje: manual para asesoramiento psicoeducativo. Madrid: Uam Ediciones, 2020.
ZIMMERMAN, B. J.; MARTINEZ-PONS, M. Construct validation of a strategy model of student self-regulated learning. Journal of Educational Psychology, v. 80, n. 3, p. 284-290, 1988.
ZIMMERMAN, B. J. Becoming a self-regulated learner: An overview. Theory into Practice, v. 41, n. 2, p. 64-70, 2002.
ZIMMERMAN, B. J. From cognitive modeling to self-regulation: A social cognitive carrier path. Educational Psychologist, v. 48, n. 3, p. 135-147, 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.