SUJEITO EDUCANDO E NOVO ENSINO MÉDIO: LUZ, SOMBRA E NEVOEIRO NAS TRAMAS MIDIÁTICAS
DOI :
https://doi.org/10.17648/educare.v13i28.18955Mots-clés :
Discurso. Ensino Médio. SujeitoRésumé
Este estudo aborda a circulação de discursos na sociedade, questionando quais os sentidos produzidos a respeito do sujeito educando. A temática dos sujeitos no contexto da educação, compreendidos como posicionamentos históricos, pode servir como ponto de reflexão sobre a classificação, hierarquização e estigmatização social dos jovens. Assumimos os fundamentos teórico-metodológicos da Análise do discurso francesa, com contribuições de Michel Foucault, para as noções de discurso, enunciado e sujeito. Nesse movimento, investigamos a produção de sujeitos na contemporaneidade, considerando o aprendiz na propaganda oficial do Ministério da Educação para a divulgação da reforma do Ensino Médio. Elas circularam na TV aberta no período da tramitação da Medida Provisória nº 746/2016 até após a aprovação da Lei nº 13.415/2017. A fim de alcançarmos esse objetivo, identificamos os discursos no conjunto das nove propagandas produzidas; descrevemos os enunciados que as compõem, a partir de elementos da enunciação, do cenário e da encenação; e analisamos como discursos e enunciados produzem sentidos sobre o sujeito aprendiz. Adotamos o gesto descritivo-analítico, que possibilitou compreender como os discursos são materializados nas propagandas audiovisuais, onde sentidos sobre o sujeito educando são produzidos e cristalizados. As regularidades mostradas na imagem e no som estão em consonância com as urgências da modernidade líquida, de modo que a ordem do discurso é reafirmada como princípio produtor da verdade sobre quem é o sujeito educando. Concluímos que, ao evidenciar os enunciados “liberdade”, “escolha” e “desejo”, as propagandas mostram o sujeito educando na relação de consumo apregoada pelo mercado globalizado.
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