EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, DIVISÃO DO TRABALHO E OS TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
DOI:
https://doi.org/10.17648/educare.v11i23.16091Palavras-chave:
Educação. Trabalho. Construção Civil.Resumo
Este artigo tem o objetivo de analisar algumas questões sobre a história da educação no Brasil, para mostrar os processos que subsidiaram a consolidação de princípios educacionais, comprometidos com a lógica de acumulação capitalista numa sociedade de classes. Nesse sentido, evidencia a relação da divisão do trabalho na definição da educação, especialmente, da educação profissional, por entender que esta se constitui no principal mecanismo de consolidação de práticas educacionais aliançadas com os interesses do capital e capazes de formar a força de trabalho adequada ao mercado. Nesse percurso, é analisado o comportamento do Estado na condição de personificador do capital e controlador das diretrizes educacionais capitalistas. Ademais, sinaliza a luta e resistência dos trabalhadores contra uma educação profissional cuja finalidade é a habilitação técnica, social e ideológica para o trabalho. Como estratégia de aproximação entre teoria e empiria, utiliza-se da especificidade do processo de trabalho na construção civil, por ser essa atividade econômica uma das mais expressivas no que se refere às implicações da divisão do trabalho no processo de educação profissional. As análises ratificam a edificação de uma educação profissional comprometida com a lógica da acumulação capitalista, em que o conhecimento é desenvolvido pelo capital e a ele se subordina. Nota-se que na educação dos trabalhadores o capital tem como principal mecanismo a intensificação da divisão do trabalho que, em tempos de acumulação flexível, fragmenta e complexifica o trabalho e os trabalhadores para permitir a ampliação da acumulação capitalista. No processo de trabalho na construção civil as distintas trajetórias educativas e a fragmentação do trabalho e dos trabalhadores estão, claramente, demonstradas e, as contradições daí derivadas, resultam, por um lado, no acirramento das tensões e conflitos entre os trabalhadores e, por outro, em aumento de produtividade e lucratividade para o capital, com a divisão, exploração e precarização do trabalho.
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