“VAMOS TODOS CIRANDAR, VAMOS DAR A MEIA-VOLTA, MEIA-VOLTA VAMOS DAR”: CARTOGRAFANDO MÚLTIPLAS EXPERIMENTAÇÕES DE INFÂNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.17648/educare.v15i36.18949Palavras-chave:
infâncias, governamentalidade, experiência.Resumo
Essa escrita é nutrida pelo desejo de pensar a Educação Infantil para além de processos pedagógicos que uniformizam e cerceiam as infâncias e as potencialidades de invenção, criação, imaginação e alegria nas experimentações infantis. Compreende-se que essas práticas cerceadoras se sustentam no cientificismo cartesiano produzido na Modernidade que instituiu historicamente o discurso da infância enquanto um tempo biológico e cronológico a ser governado pelos adultos. Nessa lógica, as crianças por serem dotadas de uma ingenuidade, fragilidade, pureza e incapacidade de criar suas próprias aprendizagens, tornam-se corpos dóceis, vivem o paradoxo de uma existência nula e vazia a ser preenchida, ocupada, governada pelas verdades de um mundo dos adultos. As inúmeras mudanças culturais, políticas e econômicas surgidas na contemporaneidade criam novos dispositivos de governo da vida e reconfiguram os modos de viver as infâncias, dotando as crianças de um certo poder de escolha. Contudo, a circulação desses discursos ambivalentes não rompe com a concepção moderna de infância, mas a reconfiguram e alertam sobre os novos perigos que a cercam. O que se busca aqui é mover o olhar em direção a outras perspectivas, ou seja, colocar sob suspeita esses discursos de governamento das infâncias e trazer à superfície algumas práticas pedagógicas onde as crianças tornam-se aprendizes e artesãs das suas próprias experiências. Cartografando esses movimentos, busca-se desterritorializar os processos de ensino e aprendizagem convencionais na Educação Infantil, traçar linhas de fuga no sentido de multiplicar as experiências das crianças entre si e com os adultos com quem compartilham diferentes territórios existenciais.
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