Representação identitária, de memória e de retomada da história: topônimos de logradouros públicos da cidade de Balsas-MA
DOI:
https://doi.org/10.48075/odal.v0i0.27324Palabras clave:
Topônimos, Identidade, Memória, História, Balsas-MA.Resumen
Os nomes próprios de lugares, os topônimos, são elementos singulares do léxico da língua que, dentre suas várias funções como signo toponímico, prestam-se como indícios da história dos povos que os utilizam em suas interações verbais. Para além disso, são verdadeiros testemunhos dos diversos aspectos da memória e da identidade. Com esta perspectiva, este trabalho tem como objetivo principal verificar como os topônimos dos aglomerados urbanos da cidade de Balsas - MA manifestam as representações identitárias, de memória e de história de seus habitadores. A metodologia segue os pressupostos da onomástica, notadamente da toponímia, com uma análise descritiva das categorias identidade e memória entrelaçadas com a história, as quais são aplicadas aos topônimos de natureza antropocultural de base antroponímica, axionímica, coronímica e historionímica. Os resultados revelam que esses topônimos do sul do Maranhão expressam as acepções que abarcam a visão do mundo e da vida física e a visão da vida humana, os quais representam caracteres memorísticos e identitários dos vários povos que habitam este município, estabelecendo uma proximidade com essas transposições e instituições da língua.
Citas
BERGSON, Henri. (2006). Memória e Vida. Textos escolhidos por Gilles Deleuze. Trad. Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes.
BRANDÃO, Analídia dos Santos.; ABBADE Celina Márcia de Souza. (2016). Os antropotopônimos na Bahia de Todos os Santos: uma análise social e linguística. Revista GTLex, 1, n.2, 312-325
CALDO, Costantino. (1996). Geografia umana, Palermo, Palumbo.
CANEVACCI, Massimo. (1996). Sincretismo: uma exploração das hibridações culturais. Trad.: Roberta Barni. São Paulo: Instituto Cultural Ítalo Brasileiro; Instituo Italiano di Cultura.
CASTRO, Maria Célia Dias de. (2012). Maranhão: sua toponímia, sua história, 474 f. Tese (Doutorado em Linguística) - Faculdade de Letras, Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. (1980). Toponímia e Antroponímia no Brasil. Coletânea de Estudos. São Paulo: Serviço de Artes Gráficas/FFLCH/USP.
DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. (2004). Rede de conhecimento e campo lexical: hidrônimos e hidrotopônimos na onomástica brasileira. In: ISQUERDO, A. N.; KRIEGER, M. G. (Org.). As ciências do léxico. Lexicologia, lexicografia, terminologia. v. II. Campo Grande: UFMS, 121-130.
DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. (1990). A motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo, Arquivo do Estado.
DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. (1992). Toponímia e antroponímia no Brasil: coletânea de estudos. 3. ed. São Paulo: FFL/USP.
HOUAISS, Antonio. VILLAR, M. S. (2009). Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Elaborado pelo Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. Rio de Janeiro: Objetiva.
LE GOFF, Jacques. (2003). História e memória. Trad. Bernardo Leitão. Campinas, SP: Editora da UNICAMP.
HALL, Stuart. (2012). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.
HALL, Stuart. (2014). Quem precisa de identidade? In: SILVA, T. T. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais (org.). Petrópolis: Vozes, 247-264.
MORENO, Jean Carlos. (2014). Revisitando o conceito de identidade nacional. In: RODRIGUES, Cristina Carneiro. LUCA, Tania Regina de. GUIMARÃES, Valéria. orgs. Identidades brasileiras: composições e recomposições [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 7-29. Desafios Contemporâneos collection. ISBN 978-85-7983-515-5.
NORA, Pierre. (1993). Entre memória e história: a problemática dos lugares. Trad. Yara Aun Khoury. In.: Revista do programa de estudos pós-graduados em história e do departamento de história – Projeto história, 10, PUC/SP.
PENNA, Maura. (2006). Relatos de migrantes: questionando as noções de perda de identidade e desenraizamento. In: SIGNORINI, Inês. (org.). Lingua(gem) e identidade. Campinas: Mercado das Letras, 89-111.
PIOVESAN, Marta Helena Facco. (2020). A construção de identidades: (des)encontros no sul do Maranhão. Curitiba: CRV.
PHILIPPSEN, Neusa Inês. LIMA, José Leonildo. (2018). Diversidade e Variação Linguística em Mato Grosso, Cáceres: Editora Unemat.
POLLAK, Michael. (1992). Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, 10, 200-212.
SAPIR, Edward. (1980). A Linguagem. São Paulo: Perspectiva.
SANDRI, Márcia Meurer. BAÚ, Sandra. Cristina Schuster. (2008). Balsas, palco de integração social: o encontro do sertanejo e do gaúcho. Imperatriz-MA: Ética.
SANTOS, Luiz Eduardo Neves dos. (2020). Toponímia e Lugar: os significados múltiplos dos logradouros públicos no município de Grajaú, MA. Caderno de Geografia, 30, 62.
SEABRA, Maria Cândida Trindade Costa de. (2004). A formação e a fixação da Língua Portuguesa em Minas Gerais: a toponímia da Região do Carmo. Tese de Doutorado, UFMG: Belo Horizonte.
TEIS Denize Terezinha. SEIDE Marcia Seide. LUCAS Patrícia (2018) Os topônimos na paisagem linguística da Av. Zelina em São Paulo: um encontro na interdisciplinaridade. Revista do GELNE. 20 (2), 16-29.
TOSI, Renzo. (1996). Dicionário de sentenças latinas e gregas. (tradução Ivone Castilho Benedetti) São Paulo: Martins Fontes.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Onomástica desde América Latina

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Aviso de derechos de autor de Creative Commons
Política de revistas de acceso abierto
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1. Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo la Creative Commons Attribution License que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
2. Autoridades obligatorias para asumir compromisos, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (ej. Publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
3. Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en la página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos así como incrementar el impacto y la citación del trabajo publicado (Ver El efecto del acceso abierto).
Licencia Creative Commons
Este trabajo tiene la licencia de Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License, que permite compartir, copiar, distribuir, mostrar, reproducir, un todo o partes, siempre que no tenga un propósito comercial y sea citado por los autores y una fuente.