Projeto de escolas bilíngues e interculturais de fronteira: uma experiência com escolas de Portugal e Espanha
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v17i29.31840Palavras-chave:
Escolas Bilíngues e Interculturais de Fronteira; A Raia; Práticas e Eventos Culturais; Cooperação Transfronteiriça.Resumo
Este texto traz o resultado de uma leitura dos eventos e práticas envolvidos na primeira edição do Projeto Escolas Bilíngues e Interculturais de Fronteira (PEBIF), voltado para a formação de professores da educação básica de Portugal e Espanha, que aconteceu de 2021 a 2022. Por leitura, entendemos a busca por tornar visíveis significados particulares do grupo em estudo. Entre os objetivos e os eixos de ação do projeto, encontramos o fomento à cooperação entre os países ibéricos, especificamente em suas fronteiras em projetos educativos, bem como a produção de recursos educacionais em redes colaborativas. Na primeira edição, o projeto envolveu 16 escolas portuguesas e espanholas, instituições educativas de ambos, a coordenação da Universidade de Aveiro em Portugal e da Universidad Complutense de Madrid na Espanha, e parceria com Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). Para a leitura proposta, utilizamos uma metodologia de viés etnográfico, baseada na busca por pontos relevantes e na leitura dos significados dos próprios sujeitos, contextualizados histórica e espacialmente. Nesse percurso, passamos por questões territoriais e culturais da Raia, pelo histórico de cooperação transfronteiriça e de encontro de línguas e culturas, bem como por uma sumarização de algumas atividades desenvolvidas na perspectiva do bilinguismo e da interculturalidade. O conjunto de eventos e práticas do PEBIF apontam para uma cultura de valorização da interculturalidade e da diversidade linguística, como sugere o próprio nome do projeto. O uso da metodologia investigação-ação faz emergir reflexões sobre práticas e eventos diversos, em um diálogo produtivo que resulta no reconhecimento e valorização das diversidades linguística e cultural.
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